domingo, 28 de dezembro de 2008

CRÔNICA DE UMA MORTE ANUNCIADA


morri uma vez. Talvez vocês estejam pensando que loucura é essa! Como é que pode alguém que morreu está escrevendo postumamente? Mas, para ser verdadeiro, já morri uma vez.
Quem dera fosse imortal, como os “Higlenders” dos filmes hollyoodianos. Na verdade esse falecimento que descrevo ocorreu, no dia 18 de dezembro de 2004. Entardecia,em mim também, e recebi, embriagado uma noticia estarrecedora, trágica, dantesca...
Era tudo disneylândia na minha vida, exceto as dívidas e os arroubos adolescentes de um trintão metido a Dom Juan. Uma casa bacana (esse termo é meio, ou todo, jovem guarda), uma companheira linda, educada, maravilhosa e quatro filhos belos. Para completar um emprego, que na cidade era invejável, e gêmeos lindos. Na verdade parece até conto de fadas, sabendo que não existem fadas, duendes nem mágicos bonzinhos. Mas, parece que bruxas existem e, se não existirem, existem macumbeiros, quimbandeiros, bruxos malignos e toda sorte de figuras malignas.
... Mas, que morri uma vez é verdade. Talvez morrerei outras vezes antes da última. Pedaços de mim certamente deixarão de existir, como girassóis no verão.
Sem mais delongas, vou à ferida, ainda aberta e latejante. A primeira vez foi um pedaço de mim que se foi, e que pedaço, ou melhor pedaços. O maior destes foi levado do coração, e, para falar a verdade não sei como não faleci de vez, pois foi arrancado, sem dó nem piedade um pedaço enorme da carne, das minhas emoções, do meu ser naquele dia fatídico: 18 de dezembro de 2004, dia da morte da minha filha.
Sei que outras mortes virão,mas nada vai se comparar a primeira,mesmo que me retalhem aos pouquinhos,mesmo que me ultrajem, vilipendiem, deturpem, torturem, nunca será igual a essa primeira vez.
Estou, nesse momento esperando outra morte. Esta, será perpetrada pelos poderosos da minha terra e, será executada da seguinte forma:
Primeiro vão macular o meu nome, me chamar de traidor, arrasar a minha identidade dizendo que estou “do outro lado”, que “pulei” (pular, termo pejorativo usado para os que mudam de lado);
Continuando o achaque, vão isolar a minha família e dos que me acompanham “até a sexta geração (isso é meio figurativo), mas pessoas próximas a mim vão ser perseguidas;
Por fim, se nada disso me calar, usarão o método mais eficaz, utilizado a séculos contra aqueles que não comungam com o poder vigente, o assassinato puro e simples.
Enfim, sei que, a partir do momento que parei de comungar com os poderosos do município, estou sujeito a todas as mortes possíveis.
Copyrigth: todos os textos desse blog são de autoria de Luiz Carlos dos Santos (lula de Zé Emidio – Prof. Lula) redigidos nas datas de postagem.

sábado, 27 de dezembro de 2008

DESABAFO DE UM CIDADÃO ELEITOR





No dia 1 de janeiro, às 16:00 horas estarão sendo empossados os novos dirigentes e legisladores do município. A esperança de um município melhor estará nas mãos de 11 pessoas ungidas e legitimadas pelo voto popular nas ultimas eleições ocorridas no dia 03 de outubro de 2008.
Com relação ao executivo, nada de novo no “Front”, pois, estará sendo empossado o mesmo alcaide, e uma vice que, trocando em miúdos, “vice não fala mesmo”. Contudo, no que tange a Câmara de Vereadores teremos 04 novos parlamentares, onde estarão depositadas todas as esperanças de mudanças do Povo de Poço Verde e, em especial desse blogueiro teimoso e turrão.
Mas, “pelo andar da carruagem” parece que o medo venceu a esperança, pois fala-se “a boca miúda”, nas esquinas do nosso burgo, que já está tudo arranjado, ou seja os “acordos já foram feitos”.
Entristece, é uma dor dilacerante ver que nossos sonhos de uma sociedade mais justa e igualitária está jazendo antes mesmo de nascer. O aborto de um sonho, que não precisou ser tirado a fórceps. A negação dos direitos do povo, de no mínimo ser participe e sabedores de que viraram as costas para uma nascente certeza de uma vida melhor na sua cidade e no seu município.
Não tenho certeza, mesmo porque as certezas e as verdades são aquelas construídas por cada um, mas, imagino, pela calmaria da cidade, pelos olhares furtivos, pelos cochichos daqueles mais apegados ao “estabeleshiment” que, nada mais a fazer, é esperar, morrer e renascer daqui a quatro anos, com os mesmos sonhos e ilusões.
Sei, que esta dor dilacerante, essa indignação que me sufoca, me tira a vontade de viver, está apenas começando pois, estou me sentindo traído, vilipendiado, ultrajado. Essa ira latente se avoluma ao saber que, aqueles que estão próximo de você, que você jurou fidelidade, e alguns semelhantes ideologicamente, estão prestes a vender as suas almas e as suas idéias. Adeus Che Guevara, “good by” Carlos Marighella, nunca mais Luther King nem Mandela, não existe meio termo para se viver uma vida digna, com decência, dignidade e honradez.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

‘’MEA-CULPA’’






O ano letivo de 2008, no Colégio Estadual Prof. João de Oliveira, para alguns alunos e alunas, terminou no dia 18/12, para outros, os que ficaram de recuperação semestral e final encerra-se no dia 31/12/08.
Após exatos 20 de meses de gerência e ingerência no citado colégio fazemos uma avaliação dos avanços, retrocessos e do que permanece como “dantes no castelo de abrantes”.
É certo que não conseguimos implementar todas as mudanças que almejamos, principalmente o ideário de uma educação libertária, e efetivamente interdisciplinar, coletiva,em que não exista donos do saber e sim interlocutores no processo ensino-aprendizagem. Tivemos bons momentos, como nos Jogos Internos, Mostra de Arte, Uso dos laboratórios de forma didática entre outros que demonstram que é possível a construção coletiva de saberes.
Infelizmente tenho que fazer um “mea culpa”, estabelecer uma auto-crítica. Como Diretor indicado através de “Q.I”, quem indica, famigerada forma de concentrar poder no governante-mor que indica os cargos comissionados. Não implementei todas as mudanças necessárias, prevaleceu este ano, pedagógicamente, formas tradicionais e arbitrárias de estabelecimento de pseudos processos de ensino-aprendizagem. Durante o ano, de certa forma presenciei a negligencia de "alguns" profissionais no cumprimento de suas atividades docentes e administrativas, aulas não ministradas e não repostas, descumprimento de calendário e orientações, abuso da autoridade de professor, toda sorte de pressão psicológica e emocional, enfim tudo que caracteriza o tradicionalismo que faz da escola uma instituição imutável a 200 anos.
Confesso, esperava mais de mim, primeiro como educador, depois como gestor. A princípio o cargo comissionado por “Q.I” me constrange, nos obriga a ficar alicerçado numa doutrina clientelista, obrigado a viver ‘’dando jeitinhos’’ e aceitar o jogo daqueles que estão no poder. Depois, só o fato de saber que existem funcionários recebendo seus proventos sem trabalhar, docentes descumprindo seus deveres estabelecidos no Estatuto do Magistério, me torna no mínimo omisso e omissão tanto é crime como é pecado, mesmo que tenha tentado contornar denunciando no comitê e levado esses casos para uma instancia maior, e recebido como resposta que os irresponsáveis que tem “”costas-quentes” não são punidos e sim agraciados com cargos, não sou obrigado a permanecer como gestor indicado.
Por isso, faço neste momento, um “mea-culpa”, uma auto-crítica, pois a possibilidade de descumprimento das obrigações de gestor em nome da governabilidade, em nome do jogo político é pauta das minhas divagações e das minhas críticas e não é possível continuar sendo ético pela metade, sendo verdadeiro em metade das ações.

domingo, 21 de dezembro de 2008

POÇO VERDE, UMA CIDADE AGONIZANTE

Um rápido olhar sobre a nossa cidade e percebemos facilmente o quanto estamos agredindo-a. É uma agressão em nome do progresso, reformas, construções etc... Agressão por desconhecimento das leis de transito vigentes no país, entre outras tantas que enfeiam, colocam em risco a vida de crianças e adolescentes, e em perigo o livre trânsito de pessoas idosas e deficientes físicos.
Aqueles cidadãos e cidadãs que tem um mínimo de visão crítica, todos os dias se deparam com o descaso do poder público, que no mínimo é negligente diante de tantos erros cometidos pela população. Basta observar rapidamente o que vem acontecendo na Avenida Epifânio Dorea, no trecho do comércio, onde material de construção é literalmente jogado em cima da praça recém-construída, e dia após dia, areia, brita, entulho são acumulados obstruindo a passagem de pessoas que são obrigadas a transitar pelo meio da rua.
Na contramão das legislação de transito vigente no nosso país motoristas e motoqueiros, com a conivência das autoridades utilizam as calçadas e as praças como estacionamento sendo gritante os abusos cometidos. É visto todos os dias, embaixo de arvores e canteiros de praças carros e motos,inclusive funcionários públicos municipais utilizam a praça Tancredo Neves e sua poucas arvores como local para estacionar motos e carros, impedindo a passagem de transeuntes e a utilização da sombra das arvores para descansar e conversar.
Outra situação que é de extremo perigo, principalmente para as crianças de nossa cidade, são os implementos agrícolas que são depositados em terrenos baldios, ruas, praças etc... Arados, plantadeiras, gradões são feitos de material cortante e extremamente perigosos, e não podem simplesmente serem jogados nos terrenos baldios, praças e ruas, pois representam um aviso constante de acidentes com crianças que podem levar a morte.
O que dizer das rampas construídas nas calçadas que dificultam a livre circulação dos idosos e deficientes, chega a ser um absurdo tamanha agressão aos nossos idosos a quantidade de rampas nas calçadas.
As perguntas são: O que fazem nossos vereadores e vereadoras que não denunciam esses abusos contra o cidadão? O que diz o código de obras do município? As leis de transito vigentes no país não são válidas na nossa cidade? E o conselho tutelar? O poder executivo? O povo de Poço Verde?

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Diplomados, e Agora?






A Justiça Eleitoral da comarca de Poço Verde diplomou no dia 17 de dezembro os legisladores eleitos para o mandato de 2009 à 2112, juntamente com o burgomestre e sua vice.
Miro, a minha latente preocupação, nos legisladores eleitos pelo povo de Poço Verde, são 09, com possibilidade de acréscimo para 11, dependendo da vontade metamorfosica dos legisladores federais. É uma preocupação que transcende o simples desejo de um legislativo forte, mesmo porque em termos de novidades, temos apenas 04, visto que a maioria é composta por 02 mais experientes e 03 raposas velhas da política do nosso município. A pergunta é: Será que, no frigir dos ovos, todos serão iguais?
O que é fazer a diferença, num País marcado pelo clientelismo, assistencialismo barato, corrupção desenfreada, troca de favores, locupletação com dinheiro público enfim, uma infinidade de usos e abusos da máquina pública em benefício próprio, de mandos e desmandos dos antigos e novos coronéis e seus asseclas, dos quadrilheiros e seus testas-de-ferro e capatazes. As cartas foram postas, a vontade do povo é, aos poucos mandada as favas, o ditame constitucional de poderes republicanos independentes cai por terra quando os chefes dos executivos assoberbam-se na condição de pequenos ditadores. Fará a diferença aqueles Edis que não aceitarem o jugo dos coronéis da política local, os velhos e os mais recentes. Fará a diferença os legisladores que não trocarem suas idéias por empregos, conta na farmácia e no posto de gasolina, propina ou quaisquer favor político trocado por voto na aprovação de todos os projetos oriundos do executivo.
Assim, apesar do receio, esperamos que nessa nova leva de vereadores eleitos pelo povo e não pelos manda-chuvas, se revelem políticos honestos e conscientes, mesmo porque as velhas cobras da câmara estão prontas para dar o bote, mesmo porque, esperamos que estes, os novatos, encarem a vereança como um serviço público e não como um emprego que precisa de renovação a cada quatro anos.
Resta-nos esperar. No dia 1º de janeiro teremos o primeiro teste, dependendo de como se posicionarão os novos vereadores teremos um esboço do que vai acontecer no futuro.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Ética na vida, Ética na Política

Manifesto Transparência Poço Verde


O mundo está em constante ebulição, a humanidade como parte desse mundo implementa mudanças e aspira, sempre, por mudanças. Desde os antigos gregos, que passaram a discutir a vida e a sociedade, até hoje, as elucubrações sobre verdade, sobre erros e acertos nas ações humanas renderam um sem número de argumentos, idéias, livros, artigos, debates, enfim a ebulição e as mudanças geram problemas, e discussões sobre verdade e ética.
Nessa ótica de mudanças, verdade, erros e acertos, nos propomos nesse blog a levar a baila, artigos, fotos, vídeos, e um sem número de ações humanas reveladas no dia a dia da sociedade poçoverdense, mais de perto, e no Brasil e no mundo, para que possamos, de forma consciente e atual provocar um debate com os leitores de todas as idades sobre ética no cotidiano das ações humanas.
Assim, a partir de hoje discutiremos as ações políticas do executivo e do judiciário do nosso município, tentaremos mostrar de forma imparcial o dia a dia dos cidadãos poçoverdenses, empresários, comerciantes, trabalhadores e cidadãos “ditos” comuns, como agem, como cada um cuida da sua rua, da sua cidade, do seu comércio, do seu trabalho.
Será, por conseguinte, pauta de nossas conversas a limpeza pública, a ação dos vereadores, o trabalho do executivo na saúde, educação, funcionalismo público, repasse de verbas do governo federal para o município, execução de obras, transporte público, trânsito, conselhos municipais, associações e toda sorte de agremiação que por ventura exista no município.
Portanto, nos propomos a colocar o “dedo na ferida” , doa em quem doer, a levar ao conhecimento do povo o que está acontecendo na nossa cidade que, destoa da verdade, que seja conduta anti-ética. Lutaremos, enfim, por um Poço Verde Transparente, honesto e solidário.
 
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