Recentemente visitei o lixão da cidade, tirei algumas fotografias, fiz pesquisas e observações detectando uma série de problemas que vai da coleta até o despejo, que envolve tanto a Prefeitura quanto o cidadão comum.
A cidade de Poço Verde produz cerca de 20 toneladas de lixo por mês, uma média de 6,58 toneladas diárias e, problemas sérios, muitos problemas. A principio o cidadão não faz sua parte, muitos não obedecem os horários de coleta, jogam o lixo em ruas, praças, avenidas e terrenos baldios, sendo que alguns comerciantes jogam caixas, sacos plásticos nos canteiros das avenidas em horário e dias impróprios, sujando a cidade e deixando-a com uma aspecto horrível.
Outro problema sério é com relação a coleta, os trabalhadores que recolhem o lixo não usam equipamentos de segurança colocando em risco as suas vidas, também existe pouca divulgação de dias e horários dessa coleta, além, claro, do transporte não apropriado, mas, isto é um caso de geração de emprego para os pocoverdenses.
Mais um problema, este ambiental, é o despejo feito em local a céu aberto próximo do Rio Real sendo que, em época de chuva o “chorume” desce para o Rio poluindo-o ainda mais. Presenciei, ainda , pessoas vivendo do resto de outras e sobre isso lembrei-me da Poesia de Manuel Bandeira:
O BICHO
Vi ontem um bicho
Na imundice do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava;
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato,
O bicho meu Deus, era um homem.
Com a palavra a Prefeitura Municipal, o legislativo e os cidadãos poçoverdenses.