quarta-feira, 29 de abril de 2009

BOA NOVA - ALUNO DO C.E.PROF. JOÃO DE OLIVEIRA CLASSIFICA MÚSICA NO FESTIVAL TONS E SONS DE SERGIPE



Postado originalmente no http://cejoliveira.wordpress.com/.

O aluno Jairo de Souza Oliveira do 1º ano “B” do Colégio Estadual Prof. João de Oliveira classificou a música, de sua autoria, “Procurando a Felicidade” no Festival de Música da TV. Atalaia “Tons e Sons de Sergipe”, categoria Estudantil. Jairo “Poeta” está participando do
1º Atalaia Festival, tons e sons de Sergipe, que é uma promoção do Sistema Atalaia de Comunicações, através da TV Atalaia/Record.

O 1º Atalaia Festival, tons e sons de Sergipe é um festival de composições inéditas, voltado a todos os gêneros e estilos musicais e tem como objetivos:

a)Valorizar a produção musical do estado, através do incentivo à participação e criação de artistas residentes em Sergipe.
b)Proporcionar a descoberta de novos talentos.
c)Promover a integração entre artistas profissionais e semi-profissionais, que competirão em igualdade de condições.

O 1º Atalaia Festival, Tons e Sons de Sergipe será de música brasileira, inéditas, sem restrições a estilos ou gêneros musicais. As letras das músicas, porém, deverão ser em português. O festival acontecerá em quatro etapas, sendo três eliminatórias e uma final.

- 1ª Eliminatória dia 09 de maio em Estância/Se.
- 2ª Eliminatória dia 16 de maio
- Grande Final dia 23 de maio.
São 07 músicas classificadas que disputarão a primeira eliminatória no dia 09 de maio. Quem quiser ouvir a música de Jairo acesse o site http://www.atalaiaagora.com.br/festival/estudantil.htm.
Vamos torcer e vibrar com nosso jovem compositor que estará representando, não só o CEPJO, mas Poço Verde no Festival Tons e Sons de Sergipe.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

RAPIDINHAS



Prefeito de São Cristóvão, na linha da responsabilidade e do compromisso com a população, encaminha projeto de lei a câmara de vereadores reduzindo em 20% o seu salário, o do vice e dos secretários;

Senadores e Deputados “apertam os cintos” não para viajar de avião com esposa, sogra, parente, amigo, gueixa, mas para tentar moralizar o uso das passagens aéreas destinadas a estes. Mas, a farra com dinheiro público continua e, para prosseguir com as bene$$$e$ estudam aumentar os salários para 24 mil reais.

Senador Almeida Lima, o Almeidinha, testa de ferro de Renan Calheiros na Comissão de orçamento, “indignado” afirma categóricamente que não vê mau nenhum em distribuir passagens aéreas com esposa, filhos e que, as milhagens decorrentes dos passeios ao exterior pagos com nosso dinheiro, para este, devem sim ser usadas por quem o congressista quiser.

Bate boca entre ministros do STF expõe as vísceras do guardião da constituição. Um negro, brasileiro, ministro, tem a coragem de enfrentar um neocoronel do Mato Grosso.

Prefeitos resolvem fazer greve. Isso mesmo, preocupados com a queda na arrecadação e das transferências da união, prefeitos resolvem fechar as prefeituras no dia 29 de abril. Quem dera que essa preocupação fosse com a transparência, seriedade e compromisso real com a população dos municípios.

Os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) aprovaram na sessão do pleno desta quinta-feira, 23, o processo que trata da aposentadoria do conselheiro Flávio Conceição. O relator do processo, Carlos Alberto Sobral de Souza, considerou legal as certidões do INSS anexadas ao processo a título de comprovação de tempo de serviço. A aprovação foi por maioria de votos. Esse é um prêmio pelas denuncias de corrupção no caso da gautama, da navalha. No Brasil, corrupto grande recebe como prêmio uma gorda aposentadoria.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

A INÉRCIA DE UM FUNCIONÁRIO PÚBLICO, A OMISSÃO DE UM GESTOR, E A DOR DE UM PAI DIANTE DA IMINENTE FALÊNCIA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA.






A 26 anos e 08 meses iniciava uma carreira como funcionário público, a princípio, como celetista trabalhando em secretaria de escola, posteriormente como professor concursado e, mais recentemente, exercendo um cargo comissionado de Diretor de Escola.
Desde o inicio da carreira, se, se pode chamar de carreira, uma trajetória no serviço público, as pessoas me diziam, principalmente na Universidade, que a educação pública vinha sofrendo um processo de sucateamento que, estava tornando o ensino público e “gratuito” coisa para pessoas que não tinham recursos para colocar seus filhos em Escolas Particulares. Escutei muito, também, como forma de denegrir a Escola Pública, coisa do tipo “na escola pública o governo finge que paga, o professor finge que ensina e o aluno finge que estuda”.
Confesso que não acreditava que o ensino público, outrora respeitado, e o professor um emprego invejável, chegassem aonde chegamos. Confesso que sempre acreditei que seria possível ter uma escola pública digna, comprometida e respeitada. Respeitada pelos governantes, respeitada pelos profissionais que atuam nela, respeitada pelos alunos e pela comunidade. Falar da “bandalheira” dos governantes que não tem e nunca tiveram a educação pública como prioridade, estou cansado de falar, estamos cansados de saber da podridão das licitações para construção e reformas de escolas, compra desonesta de material e merenda escolar, funcionários fantasmas, professores nos gabinetes e em casa, mas, chegou a hora de fazer uma autocrítica, “de cortar a própria carne”, como faziam os membros de algumas tribos americanas quando morria algum parente.
Não chegamos numa encruzilhada, sempre estivemos, nesses últimos anos, numa encruzilhada. Custei a acreditar, mas o processo de sucateamento, tão propagado pelos colegas de universidade, realmente existiu e se processou com a conivência e apoio dos governantes. Um monstro sem cabeça, sem braços, sem pernas foi criado e autofagicamente vem engolindo todos os trabalhadores em educação pública, pois, nos moldamos ao sistema, fomos “vampirizados” pelos anos contínuos de aceitação e convivência com os desmandos que culminaram no que está posto.
Como professor, sempre ouvi, e percebi, que estávamos perdendo aos poucos o único bem que nos restava, a dignidade. Perdemos, através dos anos, solapados pelas crises, pelas más administrações e pela falta de compromisso com a educação, o direito a um salário digno de professor, restou-nos apenas a origem do termo, o sal, que em tempos remotos servia para pagar o trabalho, ou moeda de troca. Para nos tornar iguais, via e ouvia nos corredores das escolas onde passei coisas do tipo: “fulano não ministra aulas”, “beltrano falta constantemente”, “cicrano está pouco ligando para os alunos”, o que importa é receber o “salário” no final do mês, pois cada um tem o “padrinho”, que merece, ou simplesmente via, ouvia e sentia, na minha omissão ilícita que o gestor da escola não aparecia, os funcionários não apareciam, muitos estavam em casa recebendo sem trabalhar, porque os fulanos, beltranos, cicranos da vida tem que aparecer.
Como gestor, apadrinhado pelo sistema, pois nós todos, indicados, que gerenciamos órgãos públicos somos, vivi e vivo toda sorte de desrespeito, irresponsabilidade, negligência, e crimes perpetrados contra a educação pública. Afora os explicitados acima, que criminosamente incide sobre a vida dos filhos e filhas de trabalhadores e trabalhadoras, por extensão nossos próprios filhos e filhas, outros tantos crimes são cometidos à luz do dia, à luz da pseudo intelectualidade, a sombra da noite sem pudor, sem escrúpulos, sem dó nem piedade daqueles que pagam, com o suor e sangue diário, impostos, e se utilizam, sem opção, dos serviços públicos. São faltas constantes de professores e funcionários que chega a doer na alma, na carne, nos brios e no orgulho. Não tem uma única semana para não faltar um servidor na escola, é raro o dia para não faltar um professor na sala de aula e, pior ainda, aulas perdidas, são aulas perdidas para sempre na maioria dos casos. Chego a computar 30% de aulas totalmente perdidas durante o ano, para não falar da negligência com relação a falta de projetos de cursos, planos de aula, planejamentos, acompanhamento, aulas propriamente ditas, enrolação e “embrometion” como dizem os alunos, para não falar nas reposições de mentira, feitas nas salas de vídeo com filmes que não tem nada a ver com o conteúdo, com reposições em que o professor está em dois lugares ao mesmo tempo, contrariando a lei da física que ele próprio às vezes ensina, ou reposição do tipo enviar um exercício, passar um ”trabalho”, ou simplesmente registrar, afora outras formas canhestras da provocar um engôdo proposital e, ‘”isso tudo acontecendo e eu aqui na cadeira alcochoada do gabinete de diretor dando milho aos pombos”, omisso, patético, conivente, impotente e inoperante, “com a boca escancarada e cheia de dentes esperando a morte chegar”, inclusive aceitando e acatando as ordens desconexas que vem de cima e as aberrações que vem de baixo.
Como pai de aluno que estuda em escola pública, perceber coisas aviltantes, viver coisas ultrajantes, como do tipo em que o professor marca uma reposição, os alunos comparecem vindo inclusive do interior, e mesmo na reposição o professor falta, ou viver, no dia a dia da escola a negligência criminosa de colegas que estão prejudicando o futuro não só de um seu, mas de todos que precisam dividir as migalhas de saber daqueles que pouco aparecem para cumprir com suas atribuições profissionais, para cumprir um dever de cidadão e de ser, imbuído de um mínimo de humanidade. Saber que seu filho, e outros filhos e filhas de trabalhadores estão perdendo uma oportunidade impar de conhecer o mundo, de compartilhar conhecimentos, saber e ver diariamente seu filho e outros filhos e filhas de trabalhadores e trabalhadores vir à escola e ter apenas uma ou duas aulas por dia e voltar para casa sem trabalhar os conteúdos programáticos, sem discutir em sala de aula os saberes do povo, os saberes da humanidade porque o professor não veio, porque o professor não vem amanhã, porque não tem ninguém que tenha a coragem de gritar para o mundo que estão jogando no lixo mais uma geração. Choro por mim, choro por meu filho, choro pelos filhos e filhas do povo que estão sendo “manietados” pelo nosso despudor e cegueira, pela minha omissão e aceitação criminosa dos erros propositais perpetrados por alguns professores.
Fomos ludibriados, engolimos todas as iscas que nos deram, nos tornamos iguais. O objetivo do sucateamento atingiu não só a parte física das escolas, atingiu em cheio nossas almas, nossas idéias, nossas ideologias, nossa dignidade. O desmonte foi ainda maior, hoje, estamos a serviço dos grupos dominantes sem nos apercebermos, pois quando não lutamos para dividir um mínimo de conhecimento com os nossos iguais perdemos a chance de formar “soldados” que lutem pelas nossas causas, pelas causas de todos, pelas causas do povo. Tudo isso, se tornou um jogo em que é cada um por si e ninguém por ninguém. Para comprovar isso bastou observar a última greve, diga-se de passagem, diga-se sempre, justa dos professores, para perceber que não temos o apoio da população, não temos o apoio dos estudantes, não temos o apoio dos nossos iguais, pois não estamos formando iguais, estamos cindindo, provocando mais divergências sociais, aprofundando as diferenças políticas e econômicas, ao virarmos as costas para aqueles que precisam desesperadamente de conhecimentos elaborados para romper com um histórico pernicioso de divisão social.
Afora todos os enunciados acima, quando restava uma esperança, quando parecia que venceríamos o medo, quando lutamos e vencemos por mudanças, eis que tudo está se encaminhando para o mesmo “gran finale”, pois, encastelados no poder permanecem os velhos saudosos do clientelismo e os neofeitores do empreguismo e do continuísmo. A mesma política de conchavos e alianças espúrias que coloca como moeda de troca a educação pública na cúpula e nos escalões inferiores; Os mesmos disparates que comissiona um sem número de privilegiados que não tem nada a ver com educação, que retalha a Educação Pública com “apoiadores” delegando-os poderes de vida e morte nas DRE’S; A mesma práxis de outrora que evidencia os órgãos gestores máximos em detrimento do chão da escola, em detrimento da sala de aula. Até quando? Até quando os bons profissionais serão tratados a pão e água? Até quando um repressor médio ou superior valerá mais que um educador, um conscientizador, um mediador de palavras, conhecimentos e idéias que poderão mudar, de verdade, o mundo?
Sei que a luta deve continuar, embora “esteja jogando a toalha”, percebo que a discussão sobre educação pública deve ser centrada na escola e deve ter como foco principal a sala de aula e não os gabinetes refrigerados dos órgãos gestores. Sei que profissionais responsáveis e comprometidos com a educação ainda existem, e devem ser bem remunerados, muito bem remunerados, como são os juizes, promotores e outras categorias profissionais, mas, jogar embaixo do tapete nossos erros e nossas omissões é tão perigoso quanto a inoperância e desmandos dos vários governantes que estiveram no poder e levaram a educação pública a um estado de iminente falência.
Prof. Luiz Carlos dos Santos
07/04/2009

domingo, 12 de abril de 2009

Crise e Consciência






Em tempos de crise econômica os apertos e cortes atingem somente os menos favorecidos, seja trabalhadores do setor privado, ou servidores públicos, são os mais vulneráveis e pagam o preço maior, com perda de empregos, não reajustes de salários, atraso ou não pagamento dos vencimentos entre outros "arrochos" que culpabilizam quem menos tem culpa no “cartório”.
A situação de crise e arrojo é inversa quando se observa a “casta” superior da população, banqueiros, empresários e políticos não vivem as mesmas agruras dos trabalhadores e desconhecem a crise, vivendo, apenas uma “marolinha”. A casta dos políticos profissionais é a mais cínica desse contexto, salvo raras exceções estes, incrivelmente, pouco se importam se há retração econômica, se as verbas destinadas aos seus municípios diminuíram, ou simplesmente se o estado deixou de arrecadar como arrecadava.
Basta abrir os jornais ou ligar a Tv, e está lá, todos os dias um escândalo de uso do dinheiro público de forma incorreta, de gente se locupletando, de gordos salários sendo reajustados em tempos de “vacas gordas” e em tempos de “vacas magras”. O legislativo é mestre em se auto promover, em se utilizar das prerrogativas de legislar para legislar em causa própria. O senado federal é a bola da vez, dia pós dia surgem escândalos e mais escândalos envolvendo dinheiro e mais dinheiro, parecendo até que vivemos em tempos de ouro e de fartura.
Estendendo-se por todas as assembléias legislativas e câmaras desse país a fartura é grande. Gordos salários, aumentos sucessivos, diárias para viagens inexplicáveis, verba para isso, verba para aquilo, dinheiro “vazando pelo ralo” e nada, mais nada de crise, se estendendo, obvio, pelo executivo que, num conluio amigável, na hora que se fala em dinheiro não existe diferenças políticas e ideológicas.
Nessa “dinheirolândia”, de vez em quando aparece uma noticia que nos prova que ainda existe uma linha tênue de ética nesse meio político, poucos mais agradáveis exemplos nos mostra que é existe, ainda, políticos éticos. No Jornal da Cidade desse domingo 12/04, página 2, municípios, coluna de Cícero Mendes, panorama Político, sob o titulo medidas duras, o Prefeito de Simão Dias, Denisson Deda, dá o exemplo, ao reduzir o seu próprio salário em 20% junto com os vencimentos do vice-prefeito e dos secretários. Era hora dos governantes desse país, do Governo Federal aos gestores dos pequenos município, como também os legisladores federais, estaduais e municipais seguirem esse tipo de exemplo.

terça-feira, 7 de abril de 2009

UM DIA DE MARCHA E PROTESTOS EM POÇO VERDE





UM DIA DE MARCHA E PROTESTOS EM POÇO VERDE

Convocados pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Poço Verde, agricultores e agricultoras do município marcharam nesta terça-feira, 07 de abril, pelas ruas da cidade.
Foi um movimento bonito de se ver, uma marcha pacifica de protestos que culminou com um ato de reivindicação no Banco do Brasil. Como me afirmou um pequeno trabalhador do campo “neste Brasil o pequeno só consegue as coisas depois de muita “zuada”, protesto e luta”.
O financiamento governamental para agricultura familiar é um parto difícil, e como todo investimento público que visa melhorar as condições de vida da população carente é cheio de entreveros, salamaleques e burocracia, quando não é campo profícuo para corrupção.
E por falar em investimentos e programas na agricultura no município é necessário falar no Fundo Municipal de Aval, dizer o que se produziu de bom, ressaltando que a idéia, frise-se, gestada na administração de José Everaldo de Oliveira foi louvável. É necessário elogiar quando o governante acerta, independente de sua cor partidária. No entanto, alguns indivíduos, principalmente os de maior poder econômico, desvirtuaram a idéia original e casos e mais casos de corrupção pipocaram, principalmente nos municípios circunvizinhos, com o envolvimento de Técnicos e agentes bancários macomunados com pseudosagricultores. O "dinheiroduto" funcionava dessa forma: Fazia-se um grupo de 10 agricultores, estes assinavam as propostas, como laranjas, recebiam o recurso repassavam para o agenciador que em troca dava a cada um uma quantia mínima e embolsava o montante total e, no final, muitos ainda pediam o PROAGRO, não pagando um centavo, dessa forma não retornando o recurso para o Banco.
Mas, falando da marcha, as reivindicações principais para o custeio 2008/2009 se referiam a maior agilidade na liberação dos recursos do PRONAF, abertura de novas contratações, acesso ao crédito por parte dos ex-alunos do PRONAF Jovem, garantir o acesso ao crédito às mulheres que desenvolvem atividades produtivas no estabelecimento rural/PRONAF Mulher, entre outras propostas que, se forem atendidas repercutirão melhorando a qualidade de vida dos agricultores e agricultoras do município de Poço Verde.
Enfim, parece que o povo de Poço Verde está acordando, com ou sem patrulhamento ideológico, várias categorias estão indo às ruas para reivindicar direitos e melhor, através da iniciativa popular representada pelos sindicatos. Viva os Professores! Viva os Funcionários Públicos! Viva os Trabalhadores Rurais!

domingo, 5 de abril de 2009

A QUADRILHA DO SENADO E SUAS RAMIFICAÇÕES NO BRASIL





Somos sabedores da existência de uma cartel do emprego público em todo o Brasil e não é de agora, mas, a prática do jeitinho brasileiro remonta o inicio da invasão das terras brasilis em 1500, com a carta de Pero Vaz de Caminha que, entre outras alusões as nossas belezas exóticas, no final solicitava, ao Rei de Portugal, uma acomodação melhor para um sobrinho que vivia além mar.
A coisa pegou, roda e vira a grande imprensa, por raiva ou despeito, publica a farra com o dinheiro público, o empreguismo, os altíssimos salários, os funcionários fantasmas, o apadrinhamento, a troca de favores, entre outras formas canhestras de criar uma boquinha para um parente, um correligionário, uma concubina enfim, um jeitinho para acomodar a parentalha e a gentalha, mesmo que para isso seja necessário burlar as leis, rasgar os códigos de ética e de conduta e afrontar a moral.
Desta feita, a Revista Veja, numa “cruzada moralista” denuncia a farra do empreguismo e dos altos salários no Senado Federal. Pasmem, são 7 mil empregos só no senado, com salários que chegam a ultrapassar os 25 mil reais por mês e, não é só isso, gratificações e mais gratificações, funcionários que nunca apareceram para trabalhar e diretor disso e diretor daquilo, além do mais, os chefes da imensa quadrilha são alguns senadores que, chegam a debochar do povo brasileiro, quando perguntados porque seus assessores não comparecem ao emprego. O orçamento do senado, para sustentar essa farra, chegou ao incrível patamar de 2,7 bilhões de reais neste ano, com um gasto anual de 33,8 milhões de reais para cada um dos 81 senadores.
Sabemos que essa prática perniciosa, escandalosa, vergonhosa, tem ramificações nos três poderes da república e espalha-se pela Assembléia Nacional, assembléias legislativas estaduais, câmaras, governos, enfim em todos os órgãos públicos desse imenso mar de lama que é o País.
Salva-se poucos, pois toda regra tem exceções. Quem, fazendo uma auto crítica não “mamou, mama, ou pensa em mamar”, usando um jargão popular, nas “tetas do erário público”?, quantos não estão neste momento exercendo função ou cargo público sem cumprir com suas obrigações profissionais? Começou com um jeitinho e virou baderna. O serviço público no Brasil virou motivo de chacota há muito tempo A falência do serviço publico foi decretada e agora é cada um por si na busca por gordas gratificações, dois ou mais empregos e gordos salários e, o exemplo maior para todo servidor publico, são os servidores do senado federal. Sem falar no emprego público sendo utilizado como bico, ou seja, o servidor tem uma empresa, um emprego na iniciativa privada, e usa o emprego publico como bico, vai trabalhar quando dar certo.
Assim, de Fernando em Fernando, o Brasil vai se ferrando, de esperança em esperança de Lula a luto, vai se esvaindo a decência, a ética e a moral, visto que a bandalheira toma conta desse Pais, inclusive faze-se Leis para legitimar a imoralidade, criam-se brechas para se garantir polpudas gratificações e sabe-se Deus, escamotear a verdade, no caso do senado, os gordos salários não aparecem no contra cheque, para não ultrapassar o teto dos ministros do STF. É um mar de lama, um acinte, uma afronta ao povo brasileiro. Para acabar com essa quadrilha que toma conta do País teríamos que começar, novamente, do zero, e, sem a carta de Caminha, para ver se encontraríamos um caminho que nos levasse a um estado realmente democrático, republicano, ético e moral.
 
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