domingo, 12 de abril de 2009

Crise e Consciência






Em tempos de crise econômica os apertos e cortes atingem somente os menos favorecidos, seja trabalhadores do setor privado, ou servidores públicos, são os mais vulneráveis e pagam o preço maior, com perda de empregos, não reajustes de salários, atraso ou não pagamento dos vencimentos entre outros "arrochos" que culpabilizam quem menos tem culpa no “cartório”.
A situação de crise e arrojo é inversa quando se observa a “casta” superior da população, banqueiros, empresários e políticos não vivem as mesmas agruras dos trabalhadores e desconhecem a crise, vivendo, apenas uma “marolinha”. A casta dos políticos profissionais é a mais cínica desse contexto, salvo raras exceções estes, incrivelmente, pouco se importam se há retração econômica, se as verbas destinadas aos seus municípios diminuíram, ou simplesmente se o estado deixou de arrecadar como arrecadava.
Basta abrir os jornais ou ligar a Tv, e está lá, todos os dias um escândalo de uso do dinheiro público de forma incorreta, de gente se locupletando, de gordos salários sendo reajustados em tempos de “vacas gordas” e em tempos de “vacas magras”. O legislativo é mestre em se auto promover, em se utilizar das prerrogativas de legislar para legislar em causa própria. O senado federal é a bola da vez, dia pós dia surgem escândalos e mais escândalos envolvendo dinheiro e mais dinheiro, parecendo até que vivemos em tempos de ouro e de fartura.
Estendendo-se por todas as assembléias legislativas e câmaras desse país a fartura é grande. Gordos salários, aumentos sucessivos, diárias para viagens inexplicáveis, verba para isso, verba para aquilo, dinheiro “vazando pelo ralo” e nada, mais nada de crise, se estendendo, obvio, pelo executivo que, num conluio amigável, na hora que se fala em dinheiro não existe diferenças políticas e ideológicas.
Nessa “dinheirolândia”, de vez em quando aparece uma noticia que nos prova que ainda existe uma linha tênue de ética nesse meio político, poucos mais agradáveis exemplos nos mostra que é existe, ainda, políticos éticos. No Jornal da Cidade desse domingo 12/04, página 2, municípios, coluna de Cícero Mendes, panorama Político, sob o titulo medidas duras, o Prefeito de Simão Dias, Denisson Deda, dá o exemplo, ao reduzir o seu próprio salário em 20% junto com os vencimentos do vice-prefeito e dos secretários. Era hora dos governantes desse país, do Governo Federal aos gestores dos pequenos município, como também os legisladores federais, estaduais e municipais seguirem esse tipo de exemplo.
 
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