domingo, 5 de abril de 2009

A QUADRILHA DO SENADO E SUAS RAMIFICAÇÕES NO BRASIL





Somos sabedores da existência de uma cartel do emprego público em todo o Brasil e não é de agora, mas, a prática do jeitinho brasileiro remonta o inicio da invasão das terras brasilis em 1500, com a carta de Pero Vaz de Caminha que, entre outras alusões as nossas belezas exóticas, no final solicitava, ao Rei de Portugal, uma acomodação melhor para um sobrinho que vivia além mar.
A coisa pegou, roda e vira a grande imprensa, por raiva ou despeito, publica a farra com o dinheiro público, o empreguismo, os altíssimos salários, os funcionários fantasmas, o apadrinhamento, a troca de favores, entre outras formas canhestras de criar uma boquinha para um parente, um correligionário, uma concubina enfim, um jeitinho para acomodar a parentalha e a gentalha, mesmo que para isso seja necessário burlar as leis, rasgar os códigos de ética e de conduta e afrontar a moral.
Desta feita, a Revista Veja, numa “cruzada moralista” denuncia a farra do empreguismo e dos altos salários no Senado Federal. Pasmem, são 7 mil empregos só no senado, com salários que chegam a ultrapassar os 25 mil reais por mês e, não é só isso, gratificações e mais gratificações, funcionários que nunca apareceram para trabalhar e diretor disso e diretor daquilo, além do mais, os chefes da imensa quadrilha são alguns senadores que, chegam a debochar do povo brasileiro, quando perguntados porque seus assessores não comparecem ao emprego. O orçamento do senado, para sustentar essa farra, chegou ao incrível patamar de 2,7 bilhões de reais neste ano, com um gasto anual de 33,8 milhões de reais para cada um dos 81 senadores.
Sabemos que essa prática perniciosa, escandalosa, vergonhosa, tem ramificações nos três poderes da república e espalha-se pela Assembléia Nacional, assembléias legislativas estaduais, câmaras, governos, enfim em todos os órgãos públicos desse imenso mar de lama que é o País.
Salva-se poucos, pois toda regra tem exceções. Quem, fazendo uma auto crítica não “mamou, mama, ou pensa em mamar”, usando um jargão popular, nas “tetas do erário público”?, quantos não estão neste momento exercendo função ou cargo público sem cumprir com suas obrigações profissionais? Começou com um jeitinho e virou baderna. O serviço público no Brasil virou motivo de chacota há muito tempo A falência do serviço publico foi decretada e agora é cada um por si na busca por gordas gratificações, dois ou mais empregos e gordos salários e, o exemplo maior para todo servidor publico, são os servidores do senado federal. Sem falar no emprego público sendo utilizado como bico, ou seja, o servidor tem uma empresa, um emprego na iniciativa privada, e usa o emprego publico como bico, vai trabalhar quando dar certo.
Assim, de Fernando em Fernando, o Brasil vai se ferrando, de esperança em esperança de Lula a luto, vai se esvaindo a decência, a ética e a moral, visto que a bandalheira toma conta desse Pais, inclusive faze-se Leis para legitimar a imoralidade, criam-se brechas para se garantir polpudas gratificações e sabe-se Deus, escamotear a verdade, no caso do senado, os gordos salários não aparecem no contra cheque, para não ultrapassar o teto dos ministros do STF. É um mar de lama, um acinte, uma afronta ao povo brasileiro. Para acabar com essa quadrilha que toma conta do País teríamos que começar, novamente, do zero, e, sem a carta de Caminha, para ver se encontraríamos um caminho que nos levasse a um estado realmente democrático, republicano, ético e moral.
 
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