terça-feira, 30 de março de 2010

Umazinha antes do fim... Do Mês!



A vida é mais do que querelas “politíticas”,
Mesmo que brechet se mova no esquife
Tem outras coisas que merecem mais atenção
Do que um “comboio” de patifes
Atolados na corrupção.

LuladeZéemidio

segunda-feira, 29 de março de 2010

Da falta de Professores no CEPJO




Aproveito esse espaço para fazer coro com as “palavras” “silenciosas”, anônimas e pseudos, das mães, pais de alunos e alunas e desconhecidos, na questão da falta de professores, que para sapiência coletiva não é só um problema do C.E. Prof. João de Oliveira, mais de grande parte das escolas públicas estaduais de Sergipe.

No entanto, é necessário conhecer um pouco dos fatos e da legislação para não cometer injustiças no afã de cobranças indevidas. Para os incautos e os que usam de pseudônimos para se esconder no anonimato, no limbo da comodidade promiscua, e para os que se utilizam dos anônimos para se promoverem, diretores de escola não detém o poder, nem o direito legal, de contratar nem demitir professores ou quaisquer outro profissional que atue nas escolas.

Sobre a falta de professores do CEPJO é necessário ter ciência que, a equipe diretiva do referido Colégio, vem adotando providencias cabíveis a uma Direção, desde o dia 15 de dezembro de 2009, para solucionar o problema que, frise-se, é da alçada do Governo do estado de Sergipe através das Secretarias de Estado da Administração e da Educação. A prova concreta do empenho dos que dirigem a escola são os seguintes documentos: Ofícios nº 141/09 de 15/12/09 e 007/2010 de 09/02/2010 dirigidos a DRE’02 para serem encaminhados a SEED informando sobre as necessidades de professores e demais servidores e cobrando categoricamente a lotação de professores no Colégio; Redação e apoio de abaixo-assinado solicitado por alunos e alunas e encaminhamento ao Secretario de Estado da Educação com mais de 600 assinaturas; Redação e apoio a documento solicitado por alunas e alunos já encaminhado ao ministério público reivindicando o apoio da promotoria pública da comarca de Poço Verde no sentido de cobrar do Governo do Estado a lotação dos professores que estão faltando; E-mail encaminhado ao Secretario de Estado da Educação e a Secretaria Adjunta cobrando providências com relação a falta de professores (todos esses documentos encontram-se à disposição de qualquer pessoa que queira comprovar a veracidade das informações na Diretoria da Escola).

Portanto, não existe leniência, conivência nem anonimato nas cobranças feitas pelos gestores do Colégio Estadual Prof. João de Oliveira, pelo contrário, como prova cabal do compromisso de todos os que fazem essa instituição de ensino (Professores, Funcionários administrativos e de apoio e equipe diretiva) é que, desde 2007 a Escola vem num crescente pedagógico e administrativo que refletiu-se nas maiores aprovações em vestibulares da história do município (14 alunos aprovados no Vestibular da UFS e mais de 30 aprovações em outras instituições de ensino superior). A Escola, hoje, é um referencial administrativo e pedagógico e de satisfação do seu alunado. Única escola pública do estado a abolir completamente o Giz, com televisores de DVDs na maioria das salas de aula, com laboratórios e biblioteca montados e funcionando e condições da trabalho, higiene, limpeza e relacionamento administração/alunos/as, acima dos padrões.

No mais, para aqueles que cobram no anonimato, ou usando pseudônimos, aproveitamos o ensejo para incentivá-los a cobrar dos governantes deste estado sem medo de retaliação, mostrando a cara. Nos nossos documentos cobramos sem medo de perder cargos, pois temos o compromisso maior com as famílias do município que tem seus filhos matriculados na escola. Estamos ansiosos, apreensivos, incomodados, indignados com a não lotação de professores na Escola e tenho certeza que, a falta de professores, está comprometendo o trabalho de todos os profissionais do Colégio e de outras escolas públicas do estado e, o prejuízo maior é dos alunos e alunas que, no final do ano terão que prestar vestibular, fazer concursos, enfim seguir suas vidas na busca de dignidade através do trabalho, e uma educação digna, inclusiva e principalmente de qualidade é condição fundamental para que se construa um país, um estado e um município justo, honesto e para todas as pessoas.

Professor Luiz Carlos dos Santos

quinta-feira, 25 de março de 2010

Conversas com o Enfermeiro: I – Sobre a Lógica do Poder





Não, definitivamente não esperem que fale de males físicos, embora, o título desse texto, com pretensões de ensaio, surgira algo nesse campo. Nas conversas com o enfermeiro, temos a pretensão de publicar alguns escritos que tiveram como inspiração os diálogos que mantivemos com algumas pessoas durante encontros informais, sendo que, uma destas, era um enfermeiro por formação e profissão.

Nessas primeiras inscrições refletiremos sobre a lógica do poder, a forma de governar que, embora seja difícil desvincular, não é própria de um individuo, não tem rosto e não tem nome, pois é fruto de um conjunto de regras consuetudinárias, construídas ao longo do tempo e permanentemente adotadas e aprimoradas por aqueles que exercem o poder político, com o sentido único de manutenção do mando pelo máximo de tempo possível.

Niccolò Machiavelli pensador italiano que viveu entre os séculos XV e XVI teorizou, com maestria, sobre a conquista e manutenção do poder. Algumas de suas divagações permanecem vivas e, de forma bem perceptível, são colocadas em prática por vários governantes, sejam eles municipais, estaduais ou de nações. Vejamos algumas das frases atribuídas a Maquiavel: “Zele apenas pelos seus interesses”; “Não honre a ninguém, além de você mesmo”; “Faça o mal, mas finja fazer o bem”; “Cobice e procure obter o que puder”; “Seja miserável”; “Engane o próximo toda vez que puder”; “Mate seus inimigos, e se for preciso mate seus amigos também”; “Use a força ao invés da bondade para tratar com o próximo”; e, a mais famosa frase do pensador “os fins justificam os meios”. Por conseguinte algumas das frases enunciadas, guardando as devidas proporções, são utilizadas até hoje, se não todas, emoldurando maneiras de conquistar e se manter no poder próprias de muitos políticos e gente do meio.

Convém ressaltar que Maquiavel não inventou nada apenas catalisou e escreveu sobre a lógica do poder, e aos estudar varias civilizações e seus contemporâneos, redigiu um tratado sobre como conquistar e se manter no poder chamado de “O Príncipe”. Claro que, as frases são cabíveis até hoje, e em muitos casos houve um aperfeiçoamento da maneira de governar baseado em conchavos, acordos, perseguições de toda ordem, uso da máquina administrativa para corromper, choque de gestão, nepotismo, locupletação com o erário público, confusão proposital entre o público e o privado, compra de votos e de pessoas, barganha política e uma infinidade de táticas construídas com o propósito de perpetuação no poder de um individuo, de uma família ou de uma casta.

Na realidade, Maquiavel observava os políticos e suas maneiras, tornado-se um analista do poder, e, ao fazer a distinção entre o que um homem era e aquilo que deveria ser, ficou com a realidade como a via e eliminou o "deve ser" de seu vocabulário.

É a lógica do poder, e como divagou o enfermeiro, diante das nossas angústias por não ter governantes sérios, com princípios éticos e morais, não existe fulano, beltrano ou cicrano detentor de mais ou menos maldade como governante, pois a lógica do poder é que prevalece, por isso entra governante sai governante e a forma de governar é a mesma baseada sempre nos princípios mais sórdidos da teoria maquiavélica.

Mas, Niccolò Machiavelli também foi o pensador sagaz e observador do seu tempo, deixando divagações de extrema profundidade que servem para analisar governos, como estas duas, citadas para finalizar esse primeiro texto das conversas com o enfermeiro: “ Quem chega ao poder com o apoio dos grandes tem maiores dificuldades do que aquele que chega com o apoio dos vulgos”; e, “O primeiro método para estimar a inteligência do governante é olhar para os homens que tem à sua volta”.
Luladezéemidio - Março de 2010

segunda-feira, 15 de março de 2010

Moleques, Políticos e Cidadãos Íntegros







De quantos moleques se precisa para se fazer um cidadão integro, e de quantos políticos se necessita para se fazer um moleque?
No mundo “underground” da política partidária prolifera um sem número de tipos de seres, e alguns que não sabem nem ser um ser. Roda e vira, mas vira do que roda, nesse campo pantanoso, as contradições afloram e a ignorância deflora para que não exista oposto. É interessante e perspicaz notar que os discursos, que sabemos serem apenas discursos, teimam em fazer a defesa de uma tal democracia, como se moleques, políticos e cidadãos íntegros tivessem as mesmas liberdades e direitos.
Luiz de Câmara Cascudo no seu brilhante trabalho “Dicionário do Folclore Brasileiro” define moleque como “Homem sem dignidade, que não satisfaz compromissos, irresponsável, doidivanas”, já político, segundo Aurélio Buarque tem o significado de “astuto, hábil, cortês, polido, que exerce a política”. Nota-se, portanto, uma similaridade nas assertivas dos dois mestres, pois, de posse de várias ações políticas, daqueles que exercem a política, político está mais para moleque do que para um cidadão íntegro.
Mas, como toda regra tem exceção, e como temos que separar o joio do trigo, embora nos últimos tempos essa separação seja um trabalho hercúleo, alguns políticos podem ser chamados de cidadãos íntegros. São aqueles poucos que não aceitam propina, não trabalham com compras superfaturadas, não fazem acordos espúrios, não recebem comissão “por fora” de empreiteiras, não vendem a alma para o diabo travestido de democrático, não aceita o jugo dos poderosos, não fecham os olhos para a corrupção, não aceitam serem corruptos ou corruptores, não aceitam quinquilharias, presentes, viagens, festas nababescas, ou outros tipos e formas de “compra” de voto e de “inconsciência”.
Enfim, qualificar de moleque um cidadão que busca a integridade, que luta para se manter fiel aos seus princípios, que honra seus ancestrais, é uma temeridade nestes tempos de valores invertidos, em que políticos estão mais para políticos e moleques estão mais para moleques.

Luladezéemidio março de 2010

sexta-feira, 5 de março de 2010

DOENTE TERMINAL




Caros Leitores,

Depois de uma ausência forçada pelas circunstâncias, volto guiado por certezas temporárias e dúvidas incessantes.
Ah! Schopenhauer, você disse que, quanto menos inteligente um homem é, menos misteriosa lhe parece a existência. Por isso encontro-me nessa fase, de pessimista a doente terminal. Será, mestre, que minha ínfima inteligência não me deixa perceber os mistérios da vida, principalmente dessa vida cotidiana de panetones, cuecas e meias recheadas do “vil metal”?
Fazer o que, aceitar a ignorância alheia ou a permissividade dos agentes públicos legitimados pelo povo? Dúvida cruel. Se aceitas a ignorância alheia compactuarás com a permissividade dos agentes públicos legitimados pelo próprio povo, como se essa legitimidade, digamos emprestada pelos cidadãos, fosse um cheque em branco para se fazer conluios, complôs, malvesação, gatunagem entre outras ações de cunho torpe.
Toque-me, estou delirando... Doação para campanha política com cartão de crédito! Navegar na “net” para separar o joio do trigo do mundo político partidário! Crime, que crime?
Sou um doente terminal.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

TUDO QUE É SÓLIDO...


Três. Três divagações de arrepiar. Arrepiar quem tem sensibilidade com o outro e com o planeta. Mas, ideologia não é mais moda, principalmente neste mundo contemporâneo voraz por teu sono, louco por seu tempo, insano por suas idéias.
E, como dizia Marx, "tudo que é sólido se desmancha no ar", mais do que representar a dissolução de tudo que se conhece e reconhece que é o triunfo não só da modernidade mas, bem vivo e latente, é a certeza (que certeza?) de que, diante da ordenação das coisas neste mundo pós-moderno não somos nada. ...E, ao pó voltaremos.

Apegando-me a velhos principios ideológicos, com um senso profundo de justiça, cito três, três divagações de arrepiar. eis.

UM

Ser Livre (Milton Nascimento/Fernando Brandt)

Um povo livre vive num país livre
Na cidade livre, na rua livre
Na casa livre
Colônia e escravidão
Caminham na mesma direção.
Quem declara independência
E não declara abolição
Vai ver não é livre nada
Apenas mudou de patrão,
A liberdade da nação
É a soma das liberdades
De cada um.

DOIS

Para os estudantes neste retorno às aulas.

"Ou os estudantes se identificam com o destino do seu povo, com ele sofrendo a mesma luta, ou se dissociam do seu povo, e nesse caso serão aliados daqueles que exploram o povo." Florestan Fernandes

TRÊS

Para os pais.

"Todo mundo pensando em deixar um mundo melhor para os nossos filhos... Quando é que pensarão em deixar filhos melhores para o nosso planeta." (ANÔNIMO)

Por fim...

Deixe-me com as palavras.
 
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