quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Uma nova América, um novo Mundo é possível.













Visitando o site http://www.cartamaior.com.br/, deparei-me com duas noticias, a primeira, efusiva e a segunda reflexiva.
Tratamos, a princípio da vitória de Evo Morales no referendo sobre a nova constituição da Bolívia. “O presidente boliviano Evo Morales saudou a vitória no referendo sobre a nova Constituição boliviana como o fim do Estado colonial, do colonialismo interno e externo. "Hoje é a refundação da Bolívia", comemorou. Algumas das principais propostas aprovadas: tamanho máximo das propriedades rurais será de 5 mil hectares; povos indígenas passam a ter a propriedade dos recursos florestais e direitos sobre a terra e recursos hídricos; empresas estrangeiras serão obrigadas a reinvestir seus lucros na Bolívia.” In.http://www.cartamaior.com.br/ .
Assim, séculos de colonialismo, genocídio, perseguições e torturas está, aos poucos, chegando ao fim. É claro que a resistência dos herdeiros do colonialismo continua mas, com a eleição e afirmação de um presidente descendente dos povos andinos o processo de criação de uma nova América junta-se ao sonho dos brasileiros, com o Presidente Lula, dos venezuelanos com Hugo Chaves e dos equatorianos com Rafael Correa, que representam os ideais libertários do povo americano. Sabemos que 500 anos de massacre e de exploração econômica são difíceis de reverter em poucos anos de trabalho e luta, mas, um processo de mudanças profundas nas instituições que controlam os países citados foi desencadeado e os povos não aceitam mais o jugo e a exploração desenfreada. Quizera que algumas das propostas da nova Bolivia fossem adotadas em forma de lei no Brasil, principalmento sobre a questão fundiária. Viva o povo Boliviano!

A segunda noticia do site mencionado, trata-se de uma entrevista de Leonardo Boff legitimo representante da Teologia da Libertação sobre a crise mundial. Cito apenas uma parte da sua fala: “ Se esse não for um caos criativo, será um caos destrutivo. Trata-se de um novo padrão civilizatório, nós temos que nos acostumar a consumir menos.”(Leonardo Boff). Conclamo os leitores a ler a entrevista completa do ex-frei que foi obrigado a se afastar da Igreja Católica por defender idéias revolucionárias na chamada Teologia da Libertação (entrevista completa no site acima citado).
Acompanhem notícias do Fórum Social mundial que está acontecendo em Belém e é pouco noticiando pela grande imprensa do País por se tratar de um fórum de discussão dos reais problemas mundiais e tem a participação dos povos de vários países.
(Jornalistas internacionais do Sin Permiso,Il Manifesto, Página 12 , Rebelión e do La Jornada farão cobertura compartilhada do FSM de Belém com Carta Maioragências; 26-01)
Fotos do site http://www.cartamaior.com.br/

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

POESIAS DE GREGÓRIO DE MATOS





Publico duas poesias do Poeta Gregório de Matos que viveu no Século XVII no Brasil Português. Apesar dos seus escritos serem do século XVII muita coisa ainda perdura e vivenciamos nesse Brasil que convive com antigas práticas colonialistas.
Eis, um pequena biografia de Gregório de Matos Guerra que nasceu na Bahia, em 1623, e morreu no Recife em 1696. Filho de fidalgo português e de mãe brasileira, cursou humanidades com os Jesuítas da Bahia e se formou em Direito pela Universidade de Coimbra. Passou a advogar em Lisboa, ocupando cargos de magistratura. Por sua sátira, foi obrigado a voltar à Bahia e, aqui, esta foi aguçada, tornando-o motivo de reações e perseguições. Acabou deportado para Angola, retornando um ano antes de morrer em Pernambuco. Gregório de Matos, que em vida nada publicou, produziu uma obra vasta e diversificada, mas, em sua época, muitos de seus poemas circulavam entre o povo, oralmente ou em manuscritos.


EPÍLOGOS


O que falta nesta cidade? ........ verdade.
O que mais por sua desonra? ......Honra.
Falta mais que se lhe ponha? ......Vergonha.

O demo a viver se exponha.
Por mais que a fama a exalta.
Numa cidade onde falta.
Verdade, honra, vergonha.

E que justiça a resguarda? ......bastarda.
É grátis, distribuída? ..............vendida.
Que tem, que a todos assusta? ...injusta.

Valha-nos Deus, o que custa
O que El-Rei nos dá de graça,
Que anda a justiça na praça
Bastarda, vendida, injusta?

O açúcar já se acabou? ....baixou.
E o dinheiro se extinguiu? ... subiu.
Logo já convalesceu? ..... morreu.

À Bahia aconteceu
O que a um doente acontece,
Cai na cama, o mal lhe cresce,
Baixou, subiu, morreu.

A Câmara não acode? ......não pode.
Pois não tem todo poder? ....não quer.
É que o governo a convence? .... não vence.

Quem haverá que tal pense,
Que uma Câmara tão nobre,
Por ver-se mísera e pobre,
Não pode, não quer, não vence?

(Gregório de Matos Guerra)

SONETO

Neste mundo é mais rico o que mais rapa;
Quem mais limpo se faz, mais crepa;
Com sua língua, ao nobre, o vil decepa;
O velhaco maior sempre tem capa.

Mostra o patife da nobreza o mapa;
Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa;
Quem menos falar pode, mais increpa;
Quem tem dinheiro, pode ser papa.

A flor baixa se inculca por tulipa;
Bengala hoje na mão, ontem garlopa;
Mais isento se mostra o que mais chupa..

Para a tropa do trapo vazo a tripa,
E mais não digo, porque a Musa topa
Em apa, epa, opa, upa.

(Gregório de Matos Guerra.)

A CEGONHA É QUE ESTÁ CERTA!

Peço licença aos leitores, e a José Valteno, para publicar uma reflexão belissíma e que se encaixa perfeitamente neste momento de crises políticas e economicas, esquecimento das ideologias que nortearam nossa juventude.

A CEGONHA É QUE ESTÁ CERTA!
O mundo é assim: diverso; muito diverso, porque as pessoas pensam, realizam e são felizes diferentemente. Não é à toa que o grande esforço dos governantes, sempre, em todos os tempos, tem sido padronizar gostos e massificar comportamentos. Todo mundo pensando e querendo igual, essa é a máxima lecionada e a meta insistentemente querida.
Imagine a felicidade de um velho indígena que olha seus jovens netos a nadarem em rio de água límpida que margeia sua farta tribo.
E a felicidade para nós “civilizados”? se resume em Ter. Um estranho Ter.
Ter apenas comida farta para todos, moradia, terra fértil e florestas e rios despoluídos, isso “é coisa de silvícolas”. E eles são indolentes; inocentes;não são sábios como nós; são índios.
Nós que somos sapientes e brancos e civilizados, os escolhidos do Pai-criador, precisamos Ter (para usar e exibir aos que não têm ou nada têm). Nossa felicidade, teria dito a Cegonha antes de nascermos, não é o Ser, ser gente. O que precisamos, até às portas dos céus, é Ter; mesmo que para isso a rosa murche... Mas a danada da Cegonha nada diz quando o índio nasce!
Mais que uma, dez ou mil casas. Depois mansões, para vender, alugar ou simplesmente para Ter. Carros, precisamos ter vários; e há um substantivo coletivo chamado frota. Avião, não serve mais um jatinho; precisamos, agora, ter o melhor (mais caro) destas plagas.
Então, aqui na nossa selva de pedra, fazemos a nossa felicidade freneticamente. Porque a nossa felicidade é fruto do sonho, e os nossos sonhos são feitos, fabricados e impostos para o eterno possuir. Mas a Cegonha, a primeira mestra de todo mundo, sabe o que faz.
Contudo ninguém sofre, ninguém pena. Tudo por cá é harmonia. Todos podem Ter, sempre que quiserem. É uma questão de adaptação.
O mundo é diverso, mas é preciso padronizá-lo; adaptação é a chave. Todo mundo adaptando-se ao hábito dito oficial, e que morra a diversidade, e que morra a pluralidade.
Há muita gente, cada vez mais gente querendo ser índio; como é que pode? Só doido! Temos é que nos adaptar. Se vivemos Império, preciso é adestrar a nossa capacidade de ter as funções de Conselheiro da Corte e, já que é função rara, carcereiro serve. Império é um bom sistema; o povo é que reclama, porque não se adapta (insólitos!).
Se vivemos ditadura, adapte-se para Ter ao menos o cargo de Torturador. Se a moda é democracia da minoria! que tudo tem, tudo pode e tudo faz, não faça outra coisa, adapte-se ligeiro e aprenda as leis dessa minoria: elas são o principal instrumento para se dar bem na vida, para se fazer a felicidade individual. Afinal, a menor parte do todo é o eu. Não sinta remorso. É preciso de qualquer forma Ter. Isso é legal; é civilizado, e a cegonha disse - lembra ?- “ Procure ter”.
Agora que você está preparado e conformado com o seu papel na vida, torne-se, por conseguinte, capataz dos que já têm muito. Mesmo que para isso a rosa murche.
Eu lhe garanto; faça isso. Alguns parentes meus fizeram e se deram bem na vida, pois que continuam com tez erguida e cheios do que dizer.
Eu, é porque sou anormal; sou doido, como dizem tantos. Ademais, a minha cegonha era mesmo muito asquerosa e desde o início me causou empáfia. É a grande causa de eu não a ter escutado. (josé valteno dos santos)

domingo, 18 de janeiro de 2009

Desafios da Educação Pública. Qualidade, Inclusão, Participação da Família.



Em recente desafio lançado pela revista veja “O Brasil Que queremos Ser”, que busca propostas de experiências bem sucedidas na educação pública, nortea-se os desafios com base em propostas em investimentos em infra-estrutura, formação de professores, salários, uso de novas tecnologias, entre outras. Aproveitamos o ensejo, para fazer uma analise da educação pública no município de Poço Verde, tanto da rede estadual quanto da municipal.

Nos últimos quatro anos, “a César o que é de César, e a Pedro o que é de Pedro”, alguns investimentos foram feitos na Educação Pública nas duas esferas. Os Salários dos Professores, principalmente da rede municipal sofreram reajustes acima da média, inclusive do estado e da região, e alguns investimentos foram feitos, embora poucos ainda, em infra-estrutura. Escolas foram reformadas, laboratórios de inclusão digital foram instalados e no tocante a formação de professores hoje, temos duas faculdades instaladas em nosso município, os pólos da UNIT e da UFS, afora as várias faculdades da região, AGES, FJAV, UVA etc. Cursos de Pós-Graduacão pipocam por toda a região e de diversas formas, para todos os bolsos e gostos. O transporte escolar, apesar de problemático atende a alunos em todas as regiões do município, enfim, demos um salto quantitativo.

No entanto, algumas práticas do atraso continuam e repercutem negativamente nos índices educacionais, como reprovação, evasão, principalmente na rede pública municipal. É necessário, portanto, “colocar o dedo na ferida”, ou melhor, nos privilégios de alguns.
Enquanto persistirem práticas como: Salas multisseriadas, ou seja um professor com alunos de 1a, 2a, 3a e 4a séries na mesma sala no mesmo horário, educadores com apenas 08 alunos e no final do ano os mesmos 08 alunos reprovados, salas de aula do ensino fundamental das primeiras séries superlotados, alunos e alunas estudando com profissionais que teimam em não querer se atualizar, aquisição de produtos com recursos do FNDE/PDDE feitos por gente que não trabalha nas escolas ou com as escolas, gastos de recursos do FUNDEB com profissionais contratados enquanto na rede pública, se se fizer um redimensionamento teremos professores sobrando, principalmente na rede estadual. Enquanto o município e o estado não valorizarem os profissionais que se destacaram em âmbito nacional, estadual ou tem práticas bem sucedidas, não avançaremos, não estaremos construindo uma educação pública, inclusiva e de qualidade.

Sobre profissionais bem sucedidos, abro um parêntese para falar de uma professora nota 10, premiada nacionalmente pela fundação Victor Civita, que recentemente qualificou projeto para ser apresentado na FUNACEB em Brasília/DF, e também montou um projeto que foi aprovado pelo Ministério da Cultura rendendo financiamento para o reisado no município. Pergunto: Qual município do Brasil não gostaria de ter em seus quadros dirigentes uma profissional desse tipo? Qual chefe de executivo, em sã consciência não gostaria de ter como dirigente maior da educação em seu município uma profissional com tamanha qualificação? Pois é, nós, em Poço Verde temos alguém com esse quilate, com essa assombrosa e honrosa qualificação profissional.

Infelizmente parece que ainda teimam as velhas e rançosas práticas politiqueiras em que pensamentos divergentes e críticos não devem se coadunar em benefício da coletividade, daí os péssimos índices educacionais, apesar dos poucos investimentos públicos em educação.
Somos, por conseguinte todos culpados, chefes de executivo e gestores que não enxergam na diversidade o motor para alavancar um projeto de educação pública que vise qualificar verdadeiramente nossas crianças e jovens, educadores que aceitam a mesmice e o velho chavão de que mudar para que, deixe tudo como está. Ademais não adianta cobrar se você não cumpre, temos que dar testemunho de profissionalismo, de consciência política, de ação positiva onde estivermos, pois, também, temos que enxergar que cada um pode dar sua contribuição visando um objetivo comum. Também lutar, para termos salários dignos, (A efetivação do piso salarial, um direito do educador ainda gera polemica pois os governanates não querem cumprir), condições dignas e reais de trabalho, valorização profissional entre outros direitos.

Finalizando, acredito que um dos grandes desafios da educação pública é trazer a família para escola, pois, é a família que primeiramente educa e a escola que julga ensinar. Se os pais participarem verdadeiramente do dia a dia da escola, cobrando dos dirigentes dos municípios e dos estados, dos gestores e dos profissionais que atuam na escola, acompanhando a vida escolar dos filhos e dos professores, agindo como verdadeiros donos e donas das escolas públicas, propondo, discutindo, agindo, teremos, com certeza mudanças profundas que descambarão numa escola melhor, mais digna, inclusiva e de qualidade para todos que participam dela.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

CECAF. QUANDO VAMOS UTILIZÁ-LO?



Obra importante para o município, que se arrastou por longo tempo, o CECAF, Centro de Comercialização da Agricultura Famíliar “José Emídio dos Santos”, começa a se deteriorar por falta de uso e, muitas perguntas estão sem respostas sobre a sua utilização pelos feirantes e pelos pequenos produtores da Agricultura Familiar do município e da Região.

Inaugurado na segunda metade de 2008, com a presença de Ministro, Governador, Deputados e Prefeitos da Região, o CECAF é uma obra de extrema importância para o município de Poço Verde e tem como principal objetivo a comercialização de produtos de origem da Agricultura Familiar, portanto, beneficia na sua essência os micros produtores e, também, objetiva organizar o caos que é a feira livre de Poço Verde, além, claro, de termos um ambiente limpo, higiênico e dentro de padrões impares na região nordeste como um todo.

Contudo, apesar de invejável o Centro de Comercialização está se transformando num verdadeiro “elefante branco” e, nessa ótica algumas perguntas ficam no ar, e como perguntar não ofende, acredito que a população do município gostaria de saber:

Quando estaremos fazendo nossas feiras num ambiente mais limpo e organizado?

Quem vai administrar o CECAF e de que forma?

Como serão distribuídas as “bancas de carne”? Obedecendo ao critério anterior em que existe “donos”de várias?

E o preço das bancas e espaços para venda de hortifrutigrangeiros, quem será beneficiado e os valores ?

Enfim, na verdade, estamos ansiosos para utilizar esse espaço público tão almejado por nós poçoverdenseses, e que as autoridades legitimadas do município sejam sábias e transparentes na administração do CECAF.

sábado, 10 de janeiro de 2009

POLUIÇÃO SONORA





Nesses dias de festas, de trios elétricos, de “pão e circo”, as leis que regem esse país, são rasgadas uma a uma, no que diz respeito a poluição sonora na nossa cidade.
Não é exclusividade desse período, mas que se agrava, somos sabedores e ouvidores. Carros de som que fazem propaganda, carros particulares e, nos dias da festa, os trios elétricos poluem a cidade com seus mega-decibéis de som que, para os maus ouvintes, quanto mais alto melhor. Além da poluição sonora, enquadrada inclusive como crime ambiental, existe os danos a saúde, pois provoca lesão no canal auditivo, que são em muitos casos, irreversíveis.
É bom frisar que, no dia a dia, o abuso de algumas pessoas que usam carros de som para propagar seu comércio é abusivo, não respeitando, inclusive a distancia legal de prédios públicos como Escolas, Hospitais, Fórum, Secretarias etc. Existem dispositivos legais que coíbem essas atitudes, regulamentando a altura (decibéis), distância dos prédios públicos etc.
Particulares também contribuem com essa atitude nociva para coletividade, trailers, bares e lanchonetes funcionam até altas horas com som ligado nas alturas sem dar importância para os moradores da vizinhança, sem avaliar se existe pessoas idosas, crianças ou enfermos nas redondezas.
E o que dizer dos carros com o fundo aberto, caixotes de som superequipados, altura exorbitante e um quê de orgulho por ter um som potentíssimo, um som lá nas alturas e tome pisadinha, forró eletrônico, pagode e mais sei lá o que tocado em volume estrondoso e de mau gosto. Ah!, inclusive tenho um amigo que toca de vez em quando uma pisadinha nas alturas.
Não que eu seja contra a utilização de som, de uma boa sonorização e uma boa música, mas o abuso fere e desrespeita idosos, crianças e enfermos, horários e locais inadequados, e, não sou eu só que digo, mas a lei vigente nesse país. Sobre essa lei, que regulamenta a sonorização, acreditamos que só será respeitada quando aqueles que a desrespeitam sofrerem, no mínimo, multa pecuniária.

LEIS QUE COIBEM A POLUIÇÃO SONORA

Artigo 42 da Lei de Contravenções Penais diz que perturbar alguém, o trabalho ou o sossego alheios, abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos, pode gerar prisão de 15 dias a três meses de prisão.

Artigo 54 da Lei de Crimes Ambientais nº. 9605/98 - Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

O QUE ESPERAMOS DE UM BOM PREFEITO


Na campanha política recente publicamos, em forma de panfleto, o artigo “O que esperamos de um bom prefeito”, nesse momento de discussão, reflexão e crítica sobre esse blog, republicamos esse artigo para que possamos acompanhar a atuação política e administrativa de nossos gestores públicos, pois, as divagações presentes se aplicam a qualquer gestor que administra recursos públicos nessa Cidade, Estado e País.
Todos devem se questionar e responder pensando na coletividade e não em benefício próprio, obviamente alguns vão responder pensando da seguinte maneira: Um bom prefeito é aquele que vai me dar um emprego, ou um emprego para o meu filho, esposo, esposa, parente, ou ainda, se me der blocos, cimento, dentadura, um saco de açúcar, feijão, enfim, para estes a visão de coletividade não existe e a indústria do clientelismo, da submissão, do nepotismo e da corrupção deve ser mantida.
No entanto, acendendo a fogueira do debate, propomos uma reflexão baseada na seguinte resposta: De um bom prefeito espera-se:
Em primeiro lugar, de um bom prefeito espera-se fidelidade ao seu povo. Essa fidelidade se expressa principalmente no cumprimento do programa de governo – obras e ações com que ele se comprometeu para sua cidade durante a campanha – ou, ao menos, no cumprimento do programa de ação que explicitou nos diálogos que teve durante o processo eleitoral.
Em segundo lugar, de um bom prefeito se espera ter capacidade acumulada para dirigir o município (experiência administrativa; liderança política; bom conhecimento dos assuntos contemporâneos da cidade; equilíbrio no enfrentamento de conflitos e crises; postura de diálogo aliada a capacidade de decisão no tempo oportuno; paciência e disponibilidade para ouvir a população e vereadores; tolerância quanto a diversidade de estilo das pessoas com que trabalha; disposição para ter presença e vigilância contínuas no município; costume de trabalhar com planejamento e em equipe; coragem de dizer não).
Em terceiro lugar, de um bom prefeito se espera que tenha as qualidades necessárias para uma vida política sadia ( honestidade no exercício do cargo público; transparência nas atividades públicas; separação completa entre os recursos públicos e os interesses da família, dos amigos e das empresas, do partido ).
Em quarto lugar, de um bom prefeito se espera que seja competente na arrecadação de recursos para dar conta das demandas populares, que são muito fortes sobre ele, uma vez que o poder municipal, prefeito e vereadores, é aquele que, em todo mundo, está mais próximo do contato direto com o povo. O poder municipal cuida da educação infantil e cuida bastante da saúde do povo. Juntas, as obrigações de educação e saúde podem ultrapassar a metade dos gastos municipais. Acrescentem-se às tarefas do poder municipal a conservação e investimentos em infra-estrutura viária e em todos os aspectos físicos da cidade, o cuidado com o transporte estudantil, com o trânsito, com a limpeza urbana, com a iluminação pública, com assistência social, com habitação popular, com a promoção do desenvolvimento econômico, do emprego e renda, com o esporte, com a cultura, com o lazer, com os serviços funerários e com novas tarefas que o município vem assumindo em todas as áreas, inclusive na segurança pública.

Prof. Luiz Carlos dos Santos
Baseado em artigo da Revista “LE MONDE diplomatique/Brasil -
Págs. 28 e 29 – ano 1 / número 11 / junho 2008”.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

INTERNET GRATUITA EM POÇO VERDE, UM SONHO POSSÍVEL DE SE REALIZAR




Na
recente campanha a Prefeitura de São Paulo a candidata Marta Suplicy, na sua plataforma de trabalho, defendia e prometia a internet gratuita na cidade através de rede sem fio e telecentros.
Com a democratização continuada do acesso a computadores e periféricos, como também o aumento do volume de negócios feitos na rede mundial de computadores, acontecerá, em breve, uma pressão econômica e social pela universalização do acesso a internet. Por conseguinte, a não cobrança pelo uso da internet, a liberação gratuita de redes sem fio, no meio digital é o que de mais revolucionário existe hoje.
No mundo existem cidades em que é possível, através de redes sem fio, se conectar sem pagar nada nem obter senha. Daí, vislumbramos a possibilidade real de disseminação dessa prática democrática.
Acreditamos que, em Poço Verde, a internet gratuita não é uma utopia, mas um sonho possível de se realizar. Para isso se torna necessário a adoção de políticas públicas que viabilizem o acesso gratuito tanto a uma rede sem fio quanto a telecentros ou a centros de inclusão digital.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

A DESPEDIDA DE BUSH JUNIOR


Visitando o blog http://yonosoytupadre.blogspot.com/, deparei-me com o botton acima, lançado em comemoração pela despedida de George W. Bush.
Traduzindo, no dia 19 de janeiro, festa mundial de despedida de George W. Bush. O mundo estará comemorando a saída desse comandante do maior império da atualidade, os E.U.A. que interferem politicamente e economicamente em diversos países do mundo onde exista empresas norte-americanas explorando suas populações.
Oxalá que o primeiro negro a ocupar a casa branca faça, primeiro, uma revolução interna, no modo americano consumista e imperialista de se viver. Por enquanto, comemoremos a saída de Bush.

domingo, 4 de janeiro de 2009

LIXO, UM PROBLEMA MAU RESOLVIDO


Recentemente visitei o lixão da cidade, tirei algumas fotografias, fiz pesquisas e observações detectando uma série de problemas que vai da coleta até o despejo, que envolve tanto a Prefeitura quanto o cidadão comum.
A cidade de Poço Verde produz cerca de 20 toneladas de lixo por mês, uma média de 6,58 toneladas diárias e, problemas sérios, muitos problemas. A principio o cidadão não faz sua parte, muitos não obedecem os horários de coleta, jogam o lixo em ruas, praças, avenidas e terrenos baldios, sendo que alguns comerciantes jogam caixas, sacos plásticos nos canteiros das avenidas em horário e dias impróprios, sujando a cidade e deixando-a com uma aspecto horrível.
Outro problema sério é com relação a coleta, os trabalhadores que recolhem o lixo não usam equipamentos de segurança colocando em risco as suas vidas, também existe pouca divulgação de dias e horários dessa coleta, além, claro, do transporte não apropriado, mas, isto é um caso de geração de emprego para os pocoverdenses.
Mais um problema, este ambiental, é o despejo feito em local a céu aberto próximo do Rio Real sendo que, em época de chuva o “chorume” desce para o Rio poluindo-o ainda mais. Presenciei, ainda , pessoas vivendo do resto de outras e sobre isso lembrei-me da Poesia de Manuel Bandeira:

O BICHO

Vi ontem um bicho
Na imundice do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava;
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato,

O bicho meu Deus, era um homem.


Com a palavra a Prefeitura Municipal, o legislativo e os cidadãos poçoverdenses.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Reflexão, Ação e Sociedade

Que o homem é um ser social, isso estamos "carecas"de saber, mas que a sociedade aprendeu a jogar embaixo do tapete os seus problemas e suas mazelas nós também sabemos desde criancinhas.
A "boca míuda" todos comentam, embaixo dos edredons, cobertores ou qualquer coisa que nos cubra todos nós falamos verdades sobre nós mesmos, sobre a sociedade, sobre a política, economia ou qualquer ação humana que valha ou não a pena falar. Fuxicos, fofocas, futricas, verdades benditas ou malditas, principalmente sobre políticos, principalmente os que estiveram ou estão no poder. Todo mundo, mais todo mundo mesmo sabe quem é quem, suas ações, afinidades, aproximações etc.
Mas, basta alguém tornar público fatos corriqueiros que até nossos amigos comentam abertamente que, esta mesma sociedade, às claras, se estarrece, e também, anonimamente, desqualifica qualquer comentário, como se tudo dito antes fosse apenas de brincadeira. É interessante, os políticos profissionais se renovam a quatro anos, ou como frisou um "amigo meu", "em política eu só não vi boi voar"
É hilariante, para não dizer ultrajante, mesquinho, extremamente falso, como nós seres humanos nos posicionamos diante daquilo que fazemos no dia a dia, a nossa fala, os nossos atos e o nossos pensamentos.
Assim, amigos leitores, para não polarizar as discussões com futricas e intrigas para lá de palacianas, suprimimos todas as postagens que por ventura se suponha está "maculando" o imaculável, sem medo, pois não nos escondemos no anonimato. Continuaremos discutindo política, porque este é um blog político, não um blog com fins eleitoreiros. É um blog livre e, passada a tormenta, passaremos a discutir, com lucidez a ética na política, porque todos sabemos o que se passou e o que se passa nos bastidores da política paridária de Poço Verde.

POETAS DE POÇO VERDE

Nesses momentos díficeis que passamos, tempos de crises políticas e econômicas, pedimos licença aos nossos leitores para publicar duas poesias de poetas do nosso Poço Verde.

Primeiro uma poesia do jovem e grande Poeta Ivan Ribeiro. Tenho orgulho de ser Professor e amigo dessa promessa da literatura poçoverdense, sua poesia canta e encanta a todos nós.

A segunda poesia é de uma menina de 13 anos que está em outro plano, minha filha, meu orgulho, Alice Mariana. Esta, na sua poesia, demonstrou uma incrível preocupação com um mundo desigual, com a luta insana e doentia pelo poder. Quem dera se fossemos conscientes e sensíveis como esses poetas.

UMA CERTA DÚVIDA

Qual historia irei contar aos meninos?
Se me roubaram minha própria,
Ou pelo menos, estão tentando distorcer.
Tudo. Tudo mesmo.

De qual herói irei falar aos meninos?
Se o que eu mais acredito tem sido...
Frágil. Ladrão de si mesmo.
Isso mesmo.

Sobre qual sonho irei falar aos meninos?
Se o meu maior, tem se tornado tão...
Suspenso, talvez...
Ah... Adiado. Esta é a palavra.

Sobre qual estrada falarei aos meus meninos?
Se o caminho que espero desta vida
Já me espera a muito tempo.
(estamos em cima do muro).

Que exemplo darei aos meus meninos?
Se por querer, passo por tudo isso.
Pode até ser por fraqueza
Mas é só por enquanto.

Que poesia recitarei aos meus moleques?
Não sei se entenderão, mas não será esta.
Pularei uns dias antes e alguns dias depois
E contarei também em poesia “o após esta passagem”.

RIBEIRO; J. I.
14/11/2008
Como?
Como é que pode existir tanta guerra?
Como é que pode existir tanta dor?
Como é que pode os homens “viverem” na terra,
Sem existir o amor?

Como é que pode existir tanta miséria?
Como é que pode existir tanta desigualdade,
Se todos nós somos feitos da mesma matéria,
E que tudo isso está nos levando à destrutibilidade?

Só vejo tristeza em vez de alegria,
Só vejo desavenças em vez de harmonia,
Pois todos querem o poder,
Deveriam pensar apenas em viver...
(Alice Mariana 14/04/03)
Licinha
Minha filha, meu amor, minha vida em outra vida.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

POÇO VERDE, A DITADURA DO PSB E OS VÁRIOS PTs.





Analisando a conjuntura política atual, passada as eleições, posses e demais eventos, percebe-se, nitidamente uma nova conjuntura marcada principalmente pela ditadura de um partido político, vencedor, majoritário e dominante, o Partido Socialista Brasileiro.
Mandando em todas as esferas do executivo, Prefeito e Vice e agora, também no legislativo com a presidência e a vice, o PSB impôs todas as regras para o futuro político do município de Poço Verde, e também transformou as outras legendas, PT, PRB, PR, PCB, PCdoB em partidos satélites e submissos a vontade do dirigente maior.
Sei que toda verdade dói e a liberdade tem um preço mas, a “verdade” é que o Partido que mais decepcionou a população de Poço Verde foi o PT. No Brasil a perda de identidade desse partido já é notória com casos e mais casos de corrupção, os mensaleiros e o dinheiro na cueca entre outros fatos que jogaram por terra todo os discurso éticos e de uma sociedade mais justa e igualitária nascidos nas greves de 1978 e na prisão de Lula em 1980. A idéia do Partido dos Trabalhadores surgiu com o avanço e o fortalecimento desse novo e amplo movimento social que se estendeu das fábricas aos bairros, dos sindicatos às comunidades eclesiais de base, dos movimentos contra a carestia às associações de moradores, do movimento estudantil e de intelectuais às associações profissionais, do movimento dos negros ao movimento das mulheres e, ainda outros, como os que lutavam pelos direitos das populações indígenas.
O Sonho acabou. O poder corrompe, oprime,mata, persegue, tortura. Hoje, em Poço Verde, o Partido dos Trabalhadores não difere a sua prática do restante do Pais. Morreu o PT de Luciana Genro, de Eduardo Suplicy e de Heloisa Helena. Sobrevive o PT de José Genoino, Zé Dirceu e João Paulo.
 
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