quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Marina Silva - Biografia de uma Mulher de Coragem




Uma biografia digna de cinema

SÃO PAULO (Do G1) - A ex-ministra e senadora Marina Silva tem uma biografia que poderia ter sido imaginada por um roteirista de cinema, com passagens que incluem o serviço doméstico, o corte de seringa e o comando de um ministério.

Marina nasceu em 1958 no Acre, em uma colocação de seringa chamada Breu Velho, no Seringal Bagaço, a 70 quilômetros de Rio Branco, segunda mais velha de uma família de oito filhos. Para ajudar a pagar uma dívida contraída pelo pai, Marina e as irmãs cortaram seringa, plantaram, caçaram, e pescaram.

Sem escola, aos 14 anos de idade, aprendeu a ver as horas no relógio e a fazer as quatro operações básicas da matemática. Estudou no Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização), fez o curso de Educação Integrada, onde aprendeu a ler e a escrever, fez supletivo de 1º grau e de 2º grau.

Na juventude, sonhava em ser freira até começar a frequentar reuniões das Comunidades Eclesiais de Base e aproximar-se de grupos de teatro amador. Foi aí que Marina ingressou na vida política, ainda não-partidária, dos movimentos sociais.

Perdeu a mãe aos 15 anos e teve de assumir a chefia da casa e a criação dos irmãos, já que a mais velha já tinha casado. Aos 16, teve uma hepatite que a levou a conhecer a vida urbana – Marina saiu da região de seringal onde vivia e passou a viver na cidade, onde trabalhou como empregada doméstica.

Universidade

Aos 20 anos, teve uma nova hepatite que a levou a São Paulo em busca do tratamento. Ao retornar, ingressou na universidade, onde descobriu o marxismo, e cursou história. Neste período, durante a ditadura militar, passou a atuar em grupos políticos semi-clandestinos.

Na década de 1990, quando era deputada estadual, Marina passou mal em uma viagem ao interior do Acre. Ela teve de ser trazida rapidamente para a capital e ficou internada em um hospital com estado de saúde grave. Depois de meses de exames no Brasil e no exterior, descobriu tratar-se de uma contaminação por metais pesados, decorrente, provavelmente, de tratamentos contra a leishmaniose, quando ainda vivia no seringal. A doença causou problemas neurológicos e atingiu vários órgãos. Após tratamento, a ministra diz ter 80% das capacidades físicas, mas ainda vive sob rígido regime alimentar.

Marina casou-se duas vezes e é mãe de quatro filhos – Shalom, Danillo, Moara e Mayara.

Vida política

A vida política de Marina Silva começou em 1984, quando fundou a CUT no Acre, junto a Chico Mendes. Ele foi coordenador, ela, vice. Participou das Comunidades Eclesiais de Base, de movimentos de bairro e do movimento dos seringueiros.

Marina filiou-se ao PT em 1985, e, em 1986, candidatou-se a deputada federal. Em 1988, foi eleita vereadora. Em 1990, deputada estadual, com a maior votação do Estado. Em fevereiro de 1995, iniciou seu primeiro mandato de senadora, aos 36 anos, pelo PT, como representante do Acre. Em 2002 foi reeleita.

Em 2003, Marina assumiu o cargo de ministra do Meio Ambiente na primeira gestão do governo Lula. Ela foi convidada para continuar na equipe do segundo mandato, onde ficou até 2008.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Comentário sobre o artigo "Onde é mesmo que fica o Brasil?"



Peço licença aos Senhores Flávio Aguiar e Jorge Nogueira Rebolla para publicar o comentário do ultimo sobre texto do primeiro. O comentário reflete a insatisfação de muitos brasileiros com o antes e o durante. Tomei a liberdade de elaborar um título para divagação de outrem nos seguintes termos:

Onde é mesmo que fica o Brasil?
Flávio Aguiar

COMENTÁRIO
O INFERNO SOMOS NÓS
Hoje vou escrever pela terceira vez a mesma coisa em comentários: enquanto a safadeza do opositor for a principal defesa do meu aliado sem-vergonha não chegaremos a lugar nenhum. Isto serve tanto para os lulistas quanto para os tucanos. O Brasil é um dos poucos países do mundo e o único entre os de grande extensão a dispor de todos os meios necessários ao desenvolvimento auto suficiente. Falta apenas valorizar o povo. O que entendo por esta valorização é o Estado garantir que as habilidades dos brasileiros tenham a oportunidade de se desenvolver. Como? Investir no que deveriam ser as prioridades básicas de qualquer governo. Educação, saúde, saneamento, habitação, transporte e segurança. Porém os nossos políticos preferem muito mais beneficiar os seus aliados, seja com a nomeação de milhares deles para cargos em comissão ou o favorecimento dos financiadores das campanhas eleitorais dentre outras mazelas, a rever onde deverão alocar os recursos públicos. Olhando os países com o mesmo nível de renda per capita que o nosso não encontramos nenhum com carga tributária semelhante, no entanto, ficamos atrás da grande maioria deles em saúde pública, educação ou qualquer outro quesito social. Onde está a falha? O Estado no Brasil virou um fim em si mesmo, primeiro atende-se as requisições de quem está incrustado nele e se ou quando sobrar destina-se aos demais. Nas últimas décadas conseguimos melhorar alguns indicadores, mas permanecemos muito aquém do necessário. Sobre a dicotomia inferno/paraíso, após estes mais de quinhentos anos, os nossos políticos e seus apoiadores, incluindo os que dão a sustentação intelectual aos seus campos, deveriam concluir que O INFERNO SOMOS NÓS, e não generalizar incluindo o povo nas legiões das quais fazem parte.
Jorge Nogueira Rebolla
In: http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16113
 
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