Pelas ruas do País nada de novo. Carros estacionados em canteiros e calçadas, obras inacabadas, amontoados de lixo em terrenos baldios, prédios públicos sem ocupação, fome, desemprego, escuridão, mas, nada de novo, nenhuma ação.
Afora a excomunhão da vítima, nada de novo no Brasil. Tudo normal, a eleição de velhos conhecidos, Sarney, Temer e outros, por isso nada de novo, apenas 6 milhões de reais pagos como diárias num mês de recesso, mas, de novo, nada de novo.
Em Sergipe e no “resto” do Brasil professores em greve lutando por míseros 951 reais de piso e, enquanto isso a farra com dinheiro público “permite” gastar 10 milhões de reais anualmente com cada parlamentar do Congresso Nacional, mas nada de novo, apenas o suor e o sangue do povo.
Enquanto isso a escuta de Protogenes causa rebuliço, e não se escuta no celular da filha de Tião, mas o Castelo do Deputado Edmar Moreira demorou para ser visto. Depois de Nicolau lau lau, das privatizações de Cardoso, do dinheiro de Roseane, vivemos a era de Renan, de Almeidinha, aliás de toda sorte de bandalheira, que obviamente, mesmo que não queira rima com calheiro, enfim, de novo, nada de novo.
Anões do orçamento, mensalão, cuecão, sanguessugas, navalha, tem verba para corrupção, nada de novo, de novo nada, não.
Derrame de notas, não de notas falsas, mas de notas verdadeiras, festa no Congresso, morte no sertão, tem dinheiro, tem dinheiro não, para farinha, para feijão, para salário, chão ou teto, tem dinheiro não. Tem dinheiro para viagem de congressista se tratar no império, para lobista pagar concubina, tem dinheiro sim. Nada de novo, apenas o suor e o sangue do povo.
Assim, termino essas ilusões quixotescas com o “Hai Kai” da corrupção:
Compra de voto
Caixa 2
Nepotismo
Clientelismo
Fisiologismo
Superfaturamento
Favorecimento
Enriquecimento ilícito...
Nós estamos pagando por isso!
Insisto, nada de novo
Apenas o suor e o sangue do povo.
