sábado, 14 de fevereiro de 2009

O DECÁLOGO DOS PAIS


Jorge Leal é Professor de Língua Inglesa. Formado em Letras-Port-Inglês pela Universidade Federal de Sergipe - UFS. Atualmente leciona Inglês na Escola Agrícola Pres. José Sarney (EF) e no Colégio Estadual Prof. João de Oliveira (EM)e faz Pós-graduação em Mídias na Educação pelo MEC.

Peço licença ao amigo blogueiro Jorge Luis, editor do conceituado blog CNNPV, para republicar a reportagem abaixo, O DECÁLOGO DOS PAIS. É um momento importante para alunos, alunas, educadoras, educadores e familias que tem filhos estudando nas escolas públicas estaduais e municipais. É recomeço das aulas, e muitas antigas práticas nocivas de profissionais que atuam na educação continuam. Continuam e a impunidade torna-os sujeitos intocáveis. A perniciosa e criminosa prática das aulas perdidas, que se perdem para sempre, pois nunca são verdadeiramente repostas, continuam,como continuam o descaso e os privilégios de servidores que atuam na educação e daqueles que se sentem donos dos assentos nas escolas. Somos todos culpados, e resta as familias revolucionarem, começarem a agir na prática, cobrando dos dirigentes, dos gestores das escolas, e dos professores e servidores que cumpram verdadeiramente com seus trabalhos, pois, mal ou bem recebem para isso, que lutem se se sentirem mal pagos mas que não "descontem" nos alunos e alunas quando se sentirem prejudicados pelos governos e, chega da velha máxima de que "o governo finge que paga, o professor finge que leciona e o aluno finge que estuda". Chega de hipocrisia na educação!!! Basta de falações e falácias no ensino público!!! Como os "sans cullotes" da revolução francesa os pais devem invadir literalmente as escolas para observarem quem realmente atua e colocar para fora os "vendilhões do templo". Ah! inclusive coloco o meu pescoço na guilhotina caso esteja agindo de forma incorreta como gestor e como professor.(Luiz Carlos)


O DECÁLOGO DOS PAIS CNNPV Domingo, 8 de Fevereiro de 2009)


Queiramos ou não, os pais e as escolas compartilham a mesma empreitada de educar os alunos. Um não pode fazer o serviço do outro. Mas, em parceria, os pais podem contribuir, se conhecerem as regras do jogo e se dedicarem a tal tarefa coorporativa. Na prática, o desempenho dos pais deixa muito a desejar. Um pai entendido em educação pode ajudar o filho em trabalhos criativos ou pode debater com os professores a teoria pedagógica da moda. Em casa, pode-se ajudar os filhos de muitas maneiras. Vejamos as questões que um pai dedicado deve levar em conta:
1. Conversar com os filhos com frequência? – As pesquisas mostram a importância dessas conversas, mesmo que não sejam sobre educação. Sugerem que estabeleçam metas pessoais para a própria educação?
2. Acompanhar minuciosamente o boletim escolar – que é a fotografia de seu desempenho? Ouve os filhos, para saber se estão sendo educados, com competência, desvelo e justiça? O pai pode não entender de educação, mas descaso e displicência ele sabe detectar.
3. Promove leituras em voz alta? Traz para casa leituras que os filhos acham interessantes? É preciso que seja alguma coisa que capture sua curiosidade. Não há bons alunos que não sejam também bons leitores. A leitura e a escrita são os fundamentos da educação.
4. Cria o espaço físico e a tranqüilidade necessária para os filhos? – Abre mão de seus confortos e conveniências para criar o silêncio indispensável?
5. Administra o uso da tv, para que não conflite com os estudos? – Algumas pesquisas mostram alunos tendo mais horas de tv por dia do que de estudo por semana. Não se trata de discutir se a tv é prejudicial em si mesma, mas de se preocupar com as horas que ela rouba dos estudos.
Na escola, não é menor o papel dos pais. Eles podem e devem cobrar resultados. E podem tornar desconfortável ou insuportável a vida de quem está atrapalhando ou deixa de fazer sua parte. Eis as perguntas que um bom pai deve fazer à escola:
1. O professor passa dever para casa? Corrige? Discute os erros e os acertos com os alunos? O “para casa” é uma continuação do processo escolar. E bem sabemos que, quanto mais tempo se passa estudando, mais se aprende.
2. Vai á escola perguntar e tentar entender o que está acontecendo? Aprende como e por que a escola avalia, aprova e reprova os alunos? Vai ver como são as normas disciplinares? Busca estabelecer parcerias produtivas com os professores que educam seus filhos? Nas visitas, verifica como estão os espaços físicos? Os banheiros estão limpos? Há vidraças quebradas? Mau sinal se a escola está descuidada, é sintoma de enfermidades mais graves.
3. Acompanha a vida na escola, para ver se os professores faltam ou chegam atrasados? Se ocorrem greves ou não há aulas, as causas de tais desarranjos são problemas da escola, não seus. O assunto do pai é a falta de aulas.
4. Cobra dos professores ou do diretor quando a escola não atende aos mínimos descritos acima? No caso do ensino público, reclama com o secretário de Educação quando a política atrapalha o ensino? Está disposto a acampar em frente à casa do diretor ou secretário se outros métodos não funcionarem? Só o fato de conhecer a férrea disposição dos pais para protestar já pressiona a escola a resolver seus problemas e dissuade os políticos de meterem o bedelho onde não devem. Mas é preciso persistência.
5. Apóia os professores dedicados, com palavras e atos? Os bons professores têm de ser ajudados a prestigiados. Sua missão é preciosa demais para não ser reconhecida com generosidade. Mas os que parecem ser maus professores devem ser questionados com insistência.
Se os pais seguirem este decálogo, as conseqüências serão mais benéficas do que qualquer plano de educação feito pelo governo. (Por Cláudio de Moura Castro, economista – Veja 16/3/05)
 
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