quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

OBRAS DA BARRAGEM DE SÃO JOSÉ DEPOIS DA GAUTAMA E DOS GATUNOS







No dia 08 de fevereiro, do corrente ano, visitamos as obras da barragem, que está sendo construída no leito do Rio Real próximo ao povoado São José. Confesso que fiquei espantado com o tamanho da obra e, também, com uma série de indagações.
Idealizada, acredito, a princípio, com o objetivo de perenizar o Rio Real e amenizar os efeitos da seca no município e nos municípios circunvizinhos, a barragem orçada “a priori” em mais de 20 milhões de reais, tinha uma envergadura ainda maior, visto que seriam construídas 04 barragens sucessivas, uma obra, portanto de dimensões colossais que certamente iria gerar mais emprego e renda na nossa pobre região.
O que motivou a suspensão das obras idealizadas foi, sem sombra de dúvida, a ganância dos políticos profissionais que, estavam no poder em 2000, pois, quiseram tirar os vinte por cento antes mesmo de começar a obra, logo em cima dos mais necessitados, os pequenos proprietários de terra, onde seriam construídas as barragens, adquirindo as terras e não repassando o devido valor dessas, como também superfaturamento nas obras preliminares, com a participação do Sr. Zuleido Veras da famigerada GAUTAMA e de alguns GATUNOS do município de Poço Verde.
Após vários imbróglios, idas e vindas a Brasília por parte do atual chefe do executivo, negociações no TCU, que embargou as obras, o projeto inicial foi reduzido a uma barragem orçada em pouco mais de 5 milhões de reais, e repassada para o Governo do Estado que está tocando a obra.
Na minha visita a obra, confesso que fiquei impressionado com a envergadura da obra que, segundo estimativa de um trabalhador, que estava no local, esta gerando cerca de 60 empregos. Me preocupou, também, o impacto ambiental. Existe uma pequena mata virgem atrás da barragem e, seria de bom alvitre, fazer um projeto de proteção ambiental, criando um parque ecológico, reflorestando com árvores nativas, para que se possa criar uma área de estudo onde professores possam fazer visitas com seus alunos e também pesquisadores da caatinga e da vegetação e fauna do semi-árido.
“Sobre preservação ambiental um fato, no mínimo hilariante aconteceu durante a execução das obras atuais. O IBAMA embargou a obra e segundo a “boca miúda” aconteceu porque durante a visita de uma técnica do referido órgão, esta, conversando com os trabalhadores indagou se aparecia, no local, quando estes estavam trabalhando, algum animal nativo, pergunta que foi prontamente respondida pelos trabalhadores que afirmaram que apareciam vários, tatus, preás, teiús e que matavam e comiam inclusive, perguntaram a técnica se não queria provar das iguarias nativas, daí o embargo da obra.”
Estou postando algumas fotos, para que os leitores tenham uma noção da dimensão da obra e da sua importância para a região. Esperamos que o atual gestor do município tenha sensibilidade para fazer com que esta magnífica obra seja utilizada realmente para os fins que se propõe.
 
Copyright © 2010 TRANSPARÊNCIA POÇO VERDE. All rights reserved.